quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

COP15: objetivos curtos em relação aos estabelecidos no Japão em 2010

  • Apesar da euforia manifestada por alguns ministros e grupos ambientalistas em relação ao acordo firmado na COP15 de Montreal acerca da Biodiversidade, o WWF lamenta a existência de lacunas, a linguagem frouxa e prazos em torno de ações que não são proporcionais à escala da crise da natureza. Concretamente, o objetivo de reduzir dez vezes a taxa de extinção de espécies até 2050 representa menos ambição do que fora acordado pela ONU há 10 anos e o objetivo de reduzir para metade a pegada global do consumo foi reduzido a um apelo para que as pessoas sejam encorajadas e habilitadas a fazer escolhas de consumo sustentáveis. Portanto, nenhum dos anteriores objetivos globais de biodiversidade estabelecidos em Aichi, Japão, em 2010 foi plenamente alcançado. Fontes: Financial Times e New Scientific, via Carbon Brief.
  • 200 pessoas invadiram e sabotaram a fábrica La Malle da Lafarge em Bouc-Bel-Air, perto de Marselha. Os ativistas pretendem alertar o público para o papel maciço do setor da construção civil nas emissões globais de CO2, e apontar a responsabilidade do maior fabricante de cimento do mundo. Reporterre.
  • No mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da Pensilvânia chegou a um acordo com uma companhia de gás sobre acusações de crimes ambientais que datam de há mais de uma década na cidade de Dimock, os reguladores estatais autorizaram a companhia a perfurar sob uma área que tinha sido sujeita a uma moratória de 12 anos sobre tal atividade. A decisão indignou os vizinhos que viveram com a poluição ligada à fraturação hidráulica da Coterra Energy e suportaram mais de uma década em que não tiveram acesso a água limpa em suas casas. Refira-se que a Coterra concordou em pagar 16,29 milhões de dólares por poços de água limpa e uma linha de água para fornecer água limpa aos residentes que foram privados dela durante mais de uma década, bem como 58.000 dólares a cada família afetada para cobrir as suas contas de água durante os próximos 75 anos. Audrey Carleton, Capital & Main.

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