sexta-feira, 29 de julho de 2022

Inglaterra: 12 pessoas doentes após banho no rio Medway

  • 12 pessoas ficaram gravemente doentes depois de nadarem no Rio Medway, em Kent, Inglaterra. Não havia alertas nas margens. Uma mulher ficou hospitalizada durante dois dias. 5 crianças com menos de 12 anos de idade vomitaram durante 48 horas, enquanto os adultos sofreram náuseas e febre. Refira-se que a Agência do Ambiente não tem qualquer obrigação de controlar a qualidade da água para eventaus alertas de ameaças à saúde humana, ou de avisar os utilizadores das águas fluviais. Lottie Limb, Euronews.
  • A energética britânica Drax está sob crescente escrutínio na sequência de uma queixa de ativistas ambientais de que está a induzir os consumidores em erro acerca das suas emissões de gases com efeito de estufa. A OCDE está a analisar uma queixa de que a alegação da Drax de que produz electricidade "neutra em carbono" a partir da queima de biomassa é falsa. O Forest Litigation Collaborative argumenta que a Drax não conta o CO2 libertado instantaneamente quando queima biomassa nas suas centrais elétricas, e que essas emissões fazem dela a maior fonte única de dióxido de carbono do Reino Unido. O grupo alega que várias declarações na página da Drax relacionadas com a sua utilização de biomassa são enganosas e violam as directrizes da OCDE sobre conduta empresarial responsável. A central da Drax no norte de Inglaterra queima madeira proveniente em grande parte de florestas da América do Norte. A sua reivindicação de emissões zero baseia-se nas regras de reporte das Nações Unidas, que estabelecem que o impacto do CO2 da biomassa é contabilizado no país onde as árvores são abatidas, e não no sector energético. Mas a ONU diz que esta abordagem pretende evitar a "dupla contagem" da remoção de carbono e não deve ser utilizada para provar a neutralidade de carbono da biomassa. Bloomberg/Financial Post.
  • Apenas 8 meses após o Presidente do Congo Félix Tshisekedi se ter juntado a outros líderes mundiais num compromisso de 10 anos para proteger a segunda maior floresta tropical do mundo, o país está a preparar-se para se tornar o novo destino dos investimentos petrolíferos, leiloando vastas extensões de território para perfuração - incluindo turfeiras com elevado teor de carbono e partes do Parque Nacional de Virunga, o mais importante santuário de gorilas do mundo. O objetivo é obter receitas suficientes para ajudar a nação a financiar programas para reduzir a pobreza e gerar o tão necessário crescimento económico. The Energy Mix. Conhecemos filmes semelhantes rodados na Nigéria e na Guiné Equatorial e já sabemos quem é que vai ganhar pipas de massa e quem vai sofrer ‘danos colaterais’.
  • Um relatório que avalia o oleoduto da África Oriental (EACOP) e os campos petrolíferos associados quanto às normas ambientais e direitos humanos internacionalmente reconhecidas para as instituições financeiras encontra numerosas violações, colocando riscos aos bancos que apoiarem o projeto. A avaliação, levada a cabo pelo Africa Institute for Energy Governance (AFIEGO), Inclusive Development International (IDI) e BankTrack, sugere que o projeto não está em conformidade com muitos dos critérios estabelecidos nos Princípios do Equador e nas Normas de Desempenho Ambiental e Social da International Finance Corporation. As comunidades queixam-se de que lhes é negada a oportunidade de darem o seu consentimento informado durante os processos de aquisição de terras. Muitos dizem que a compensação que lhes está a ser oferecida pelos promotores não lhes restituirá as suas posições originais. Em vez disso, ficarão em pior situação. A extensão total dos riscos e impactos ambientais e das alterações climáticas do projecto EACOP também permanece em grande parte desconhecida pelas comunidades locais. A avaliação conclui que já ocorreram graves impactos de direitos humanos antes mesmo do início da construção do gasoduto, incluindo realojamentos forçados e ameaças e retaliação contra líderes comunitários e defensores ambientais críticos do projeto. Espera-se que a construção e as fases operacionais causem impactos adversos adicionais, incluindo a colocação em risco dos recursos hídricos de que dependem milhões de pessoas, degradando irremediavelmente a subsistência dos agricultores, pescadores e empresários do turismo que dependem dos ricos recursos naturais da região. Corre o risco de causar danos ambientais extensos e irreversíveis no Parque Nacional de Murchison Falls e em numerosas outras áreas protegidas. O projecto EACOP está a ser levado a cabo pela TotalEnergies de França, com 62% de propriedade, juntamente com a China National Offshore Oil Corporation e as companhias petrolíferas nacionais do Uganda e da Tanzânia. BankTrack.

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