Reino Unido: governo recua na agenda verde para enfrentar subida do custo de vida
- Boris Johnson recuou nos planos de reordenamento do país
à medida que o governo se retira da agenda verde para se concentrar na crise do
custo de vida. Os ministros anunciaram no ano passado um apoio aos agricultores
até £800m por ano para transformar as terras agrícolas em florestas ricas em biodiversidade,
zonas húmidas costeiras, turfeiras e prados de flores silvestres. Mas o fundo,
denominado esquema de recuperação da paisagem, foi discretamente reduzido para
apenas 50 milhões de libras ao longo de três anos, menos de 1% do orçamento. A
mudança de política é uma vitória significativa para o lóbi da agricultura, que
se opôs ao desvio de dinheiro da produção alimentar. Grupos de conservação
descreveram esta inversão de marcha como uma "traição maciça". O
interesse pelo ambientalismo diminuiu em Downing Street desde a Cimeira do
Clima realizada em Glasgow. O agravamento do custo de vida e a deterioração da
própria autoridade de Johnson afastaram-no da agenda verde. Ben Spencer e Harry
Yorke, The Sunday Times.
- Nas florestas em extinção da Nigéria, os madeireiros são
em maior número do que as árvores. De 2001 a 2021, a Nigéria perdeu mais de 1,1
milhões de hectares de coberto arbóreo, uma diminuição de 11%, equivalente a
587 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono. Fikayo Owoeye,
Independent.
- A Sky News da Austrália tornou-se uma fonte central para
a desinformação da ciência climática em todo o mundo, ganhando uma grande força
entre os influenciadores e redes conservadoras dos media, de acordo com umrelatório publicado pelo Institute for Strategic Dialogue. Graham
Readfearn, The Guardian.
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