«O hidrogénio azul é uma cortina de fumo para mais poluição, mineração e combustíveis fósseis»
- Observadores dizem que a decisão da Comissão Europeia de
classificar o gás como combustível de transição na sua lista de investimentos verdes
deixa a porta aberta a projetos de "hidrogénio azul" com credenciais
climáticas exageradas. "O hidrogénio azul não é mais do que uma cortina de
fumo para mais poluição atmosférica, mineração e uso de combustíveis fósseis
com praticamente nenhum benefício de CO2", diz Mark Jacobson, professor de
engenharia civil e ambiental e director do Programa Atmosfera/Energia da
Universidade de Stanford. Ao contrário do hidrogénio verde, que é derivado da água
num processo alimentado exclusivamente por energia renovável, o hidrogénio azul
provém do metano, sendo o dióxido de carbono emitido durante a produção
capturado e armazenado. Jacobson contesta a alegação da Equinor e da Engie de que
o hidrogénio azul pode ser classificado como sendo de "baixo teor de
carbono". Segundo ele, o equipamento de captura de carbono nunca é
95% eficaz, a tecnologia de captura de hidrogénio azul atualmente disponível é,
na melhor das hipóteses, 78,8% eficaz, mas isso ignora o facto de que é
necessária mais energia para o funcionamento do equipamento de captura de
carbono, pelo que é 78,8% de um fluxo de emissões muito maior. Jacobson co-escreveu um estudo no ano passado que
descobriu, devido ao aumento da quantidade de gás fóssil necessária para
alimentar o processo de captura e armazenamento de carbono, que o hidrogénio
azul tinha provavelmente uma pegada de carbono 20% mais elevada do que apenas a
queima de metano. Patrick Galey, CHN.
- Residentes de Merrimack, New Hampshire, onde a água
potável foi contaminada com os compostos industriais conhecidos como PFAS têm
taxas elevadas de vários cancros em comparação com a média nacional e em
comparação com várias comunidades próximas que não foram contaminadas com os
químicos, revela um estudo publicado na revista "Environmental Health
Insights". Os autores descobriram também que os residentes de
Merrimack tinham taxas mais elevadas de cancro da tiróide, cólon e próstata,
quando comparados com várias cidades próximas que não apresentavam níveis
elevados de contaminação PFAS, bem como um risco mais elevado de todos os
cancros quando comparados com as comunidades não expostas. Sharon Lerner, TheIntercept.
- A subida do nível do mar está a incomodar imenso as
pessoas, mesmo quando não há chuva. Em cidades costeiras como Miami, as
estradas inundam-se agora regularmente devido às marés altas, afetando se e
como as pessoas podem chegar ao trabalho. À medida que as alterações climáticas
se agravam, o mesmo acontecerá com as deslocações dos residentes. JAKE BITTLE,
Fast Company.
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