quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Bico calado

  • Milhares de pessoas nas principais cidades da Austrália participaram em comícios do Dia da Invasão. O dia 26 de Janeiro marca a data em que navios britânicos aportaram a Sydney em 1788 para iniciar uma colónia penal, vendo a terra como desocupada apesar de ter encontrado povoações. Para muitos australianos indígenas e um número crescente de australianos não indígenas, o dia marca o 'Dia da Invasão'. Kerry Smith, Green Left.
  • «As notícias nunca são dissociadas de um ponto de vista. A abordagem para oferecer a informação, a forma como o pivô apresenta uma história ou lhe dá contexto, a manchete que a anuncia, são recursos discricionários que enquadram a notícia. Os media nunca são imparciais.» Raúl Trejo Delarbre, Crónica.
  • «A dúzia de pinheiros que a comitiva da IL de Leiria trazia na bagageira do carro foi dar uma volta pelas ruas da Marinha Grande, desertas a meio da manhã. A intenção do partido era ir plantá-los ao Pinhal de Leiria, mas como não receberam autorização (só concedida a partir de uma quantidade de pinheiros mais significativa), a chamada de atenção para a necessidade de recuperar a área ardida no incêndio de 2017 passou a ter outro simbolismo. O deputado único recebeu das mãos do cabeça de lista do distrito, Dário Florindo, as árvores por plantar como “símbolo de uma oportunidade” para repensar um Portugal excessivamente burocrático. Cotrim de Figueiredo recebe-os para a fotografia, tendo como cenário um militante com um balde de terra e outra com uma enxada, e foi plantá-los no quarto e último degrau do edifício do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Gesto continuo explica: “em 2017, arderam mais de oito mil hectares [no Pinhal de Leiria] e só há plano para reflorestar metade. Nós queríamos contribuir, mas tudo precisa de uma autorização, de um carimbo e de um funcionário para dar essa autorização. Mas também não há funcionários”. (…) “Espero que quando estes pinheiros tiverem crescido já haja um país liberal”, desejou, ainda à porta do ICNF, onde ninguém se assomou para receber o presente.» Visão.

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