Reino Unido: governo rejeita gasoduto russo para a Europa mas acusa a Rússia de reduzir abastecimento de gás para fazer subir o seu preço
- O governo britânico parece um baú de tresvariados.
Segundo o Times, enquanto rejeita a aprovação do gasoduto russo para a
Europa alegando implicações de segurança, acusa o governo russo de reduzir o
abastecimento de gás à Europa para provocar a subida dos preços do gás. O Daily
Mail vai mais longe. No seu editorial, acusa os sucessivos governos britânicos
de terem “confiado excessivamente na energia de voláteis e censuráveis potências
estrangeiras”, de terem “comprado cegamente o alarmismo apocalíptico dos
ativistas climáticos”. E acrescenta: "A Grã-Bretanha tem vastas reservas
inexploradas de petróleo e gás. O país está situado sobre camadas de xisto. E
tivemos a escolha, há anos, de expandir a produção de energia nuclear.” No Financial Times, o comentador financeiro norte-americano Robert Armstrong
é implacável: "Seus idiotas, isto é o que acontece quando se dá trela à
Greta Thunberg e se põe de lado os combustíveis fósseis sem os substituir por
algo melhor.»
- Ativistas da Greenpeace pararam um navio-tanque que
transportava óleo de peixe no Canal da Mancha em protesto contra a insegurança
alimentar africana. As exportações de farinha de peixe da África Ocidental para
a UE têm crescido acentuadamente, esgotando os estoques e representando uma
ameaça à subsistência. Karen McVeigh,
The Guardian.
- Enquanto uma cidade envenenada procurava justiça, o
executivo de uma gigante química transferiu milhões para para paraísos fiscais.
Os registos divulgados mostram que Bernard de Laguiche escondeu acções da
Solvay em contas offshore à medida que a empresa enfrentava reclamações de contaminação
da água em Itália e nos EUA. Scilla Alecci, ICIJ.
- Nos últimos 50 anos, 60% dos 300 lagos naturais da
Turquia secaram, sendo a perda devastadora para as aves e outros animais
selvagens. A redução da precipitação, o aumento da temperatura, a má gestão das
terras públicas e as más práticas agrícolas fizeram com que os níveis de água, mesmo
no segundo maior lago do Médio Oriente, o Lago Van, baixassem até 200 metros. TheSecret Market Report.
- A Turquia ratifica o Acordo de Paris depois de aprovar um
objetivo líquido zero de 2053. Joe Lo e Chloé Farand, CCN.
- O governo de Alberta pagou mais de 100.000 dólares a uma
firma de advogados sediada em Edmonton para processar as operadoras petrolíferas
que devem milhões de dólares aos departamentos federais e provinciais do
ambiente. Ao longo dos últimos cinco anos, pelo menos 19 faturas totalizando
cerca de 3,27 milhões de dólares ficaram por pagar. Roberta Bell, The Narwhal.
- O governo chinês mandou 70 minas na Mongólia Interior
aumentar a produção de carvão em quase 100m de toneladas, de modo a contrariar
uma grave crise de energia. Reuters/The Guardian.
- A Greenpeace defende o fim das compensações de carbono.
As compensações de carbono estão a permitir que os maiores poluidores mundiais
avancem com planos de negócios que ameaçam os objetivos climáticos globais. O
modelo permite às empresas poluidoras compensar as suas emissões através da
compra de créditos de projetos que reduzem ou evitam a libertação de CO2 que
aquece o clima noutros locais. Defensores do ambiente como a Greenpeace dizem
que isto está a permitir que grandes poluidores como as grandes petrolíferas
adiem o corte das suas próprias emissões e evitem o desinvestimento dos
hidrocarbonetos. CNBC.
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