terça-feira, 26 de janeiro de 2021

As renováveis lideraram a produção de energia em 2020

  • Segundo a Reuters, Boris Johnson quer “unir-se ao Egito, Bangladesh, Malaui, Santa Lúcia e Holanda para ajudar as comunidades internacionais ameaçados pela crise climática a adaptar-se e construir resiliência”. Para tal, sugere a aplicação de medidas como sistemas de alerta precoce para tempestades e investimentos em drenagem de cheias e culturas resistentes à seca. Boris Johson espera que este grupo reuna  cientistas, empresas e grupos da sociedade civil para compartilhar conhecimento e melhores práticas em soluções locais, regionais e globais para lidar com a crise climática. A próxima grande cimeira do Clima realiza-se em novembro deste ano em Glasgow e o governo britânico, alavancado pelos media do regime que andam ao colo com Boris Johnson, fazem dele um ambientalista nato e experiente. Mas a verdade é que, há muito tempo este e governos anteriores ainda não conseguiram encontrar soluções eficazes para os graves impactos que as sucessivas cheias têm produzido em muitas zonas do país, quanto muito ajudar outros países. As defesas contra as cheias que têm assolado a Inglaterra estavam em tão mau estado em 2020 que não conseguiriam proteger as comunidades de condições climáticas extremas, denuncia um estudo da Greenpeace citado pelo The Guardian.
  • Alok Sharma, recentemente nomeado por Boris Johnson presidente da Cimeira do Clima, está furioso com Robert Jenrick, o secretário de estado da habitação, comunidades e autarquias, por aprovar, sem o consultar, a primeira nova mina de carvão, conta o The Sunday Times.
  • Um novo cabo submarino de alta tensão ligando o Reino Unido às centrais nucleares de França começou a importar eletricidade suficiente para abastecer 1 milhão de residências britânicas. The Guardian.
  • A Reuters diz que os assessores de Biden anunciaram que o presidente vai lançar mais políticas que acredita serem necessárias para enfrentar a crise climática, pedindo à China que reforce uma de suas metas de emissões de gases de efeito estufa: “Gina McCarthy, a conselheira nacional do Clima da Casa Branca, não especifica que políticas seriam lançadas.” Parece haver aqui propaganda à agenda climática de Biden. Cita-se uma fonte da administração Biden que anuncia a apresentação de um segundo pacote climático, vazio, sem especificar medidas, mas exigindo que a China seja mais rigorosa no cumprimento das anunciadas metas climáticas.
  • As energias renováveis são, pela primeira vez, a fonte de energia dominante na rede elétrica da Europa, revela uma análise recente da Ember e da Agora Energiewende. As energias renováveis produziram 38% da eletricidade da UE em 2020, contra 34% em 2019, ultrapassando a geração de energia fóssil pela primeira vez, que caiu para 37%. A geração eólica e solar aumentou cerca de 10 % em relação a 2019. A produção de carvão caiu 20%, para cerca de metade do nível de cinco anos atrás. A geração de gás também caiu, cerca de 4%. “As energias renováveis continuarão a aumentar, porque continuamos a instalar cada vez mais”, afirmou Dave Jones, analista da Ember. Fontes: Bloomberg e Reuters.
  • O ministério do Ambiente dos EUA autorizou os produtores da Flórida a usar o Aldicarb, um pesticida neurotóxico e antibiótico de amplo espectro após mais de uma década de proibição, ao mesmo tempo que determinava que os agricultores de todo o país podem usar estreptomicina em citrinos para combater o greening. O Aldicarbe é neurotóxico, proibido em mais de 100 países, é um dos 36 pesticidas que a Organização Mundial da Saúde classifica como “extremamente perigosos” para humanos, mesmo em doses baixas, e um contaminante de lençois freáticos. Entretanto, uma investigação do Instituto Agronómico de Campinas, no Brasil, é uma luz de esperança para o controle da Citrus greening, huanglongbing (HLB), uma doença muito difícil de controlar e que aterroriza os produtores brasileiros, líderes na produção mundial de laranja. Em Portugal não há registo da presença da Citrus greening. Depois de  terem sido identificados os primeiros focos do inseto Trioza erytreae no território continental, na região do Porto, o Ministério da agricultura reforçou as medidas de proteção fitossanitária (Portaria nº 142/2020) destinadas à erradicação da praga. Fontes: EU News Press e AgroPortal.
  • A destruição de uma floresta numa zona árida no noroeste da China para dar lugar a vinhas desencadeou uma investigação das autoridades locais. Tentativas anteriores de ambientalistas para processar os produtores de vinho esbarraram nos tribunais, mas aa semana passada as autoridades provinciais de Gansu disseram que iam analisar a destruição da Fazenda Florestal Yangguan, a 60 km da antiga cidade da Rota da Seda de Dunhuang. A floresta foi plantada em 1963 para proteger a área da desertificação e tempestades de areia. Mas, nas últimas décadas, diminuiu de tamanho de pouco mais de 13 Km2 em 2000 para pouco mais de 3 Km2. Linda Lew, SCMP.

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