Holanda: origem do óleo de cozinha usado alvo de investigação de possíveis fraudes
- A Sonoma Coast, Califórnia, sofre há muito erosão
agudizada pelas alterações climáticas. Na zona intertidal jazem resíduos de
paredões despedaçados e de muros levantados por proprietários ciosos do seu
espaço e das suas vistas. Mas tudo tem um fim e os decisores locais, após
milhares de milhões esbanjados em soluções ilusórias, decidiram recuar. Mais
milhares de milhões dos contribuintes vão ser aplicados na reposição de uma
estrada dita essencial, com uma ponte pelo meio e outros rebuçados para
esverdear o projeto e tranquilizar os residentes. Rosanna Xia, LATimes.
- Uma investigação recente de fraude em biocombustíveis na
Holanda voltou a destacar a origem do óleo de cozinha usado importado na UE. A
preocupação é que os biocombustíveis que não foram produzidos de forma sustentável
estejam a ser registados e vendidos como combustível sustentável, o que pode
gerar grandes lucros para os vigaristas. Vários carros caros foram confiscados
por suspeitas de terem sido obtidos por destes meios ilícitos. Os óleos de
cozinha usados são considerados resíduos e são duplamente valorizados de
acordo com a diretiva de energia renovável da UE para descarbonizar o setor de
transportes da Europa. Mas a atual diretiva não distingue entre os óleos
recolhidos no mercado interno e os importados de países terceiros. Os críticos
sugerem que alguns desses óleos contêm óleo de palma, que a UE decidiu eliminar
gradualmente para reduzir o desmatamento em países tropicais. No ano passado, o Reino Unido e a Holanda iniciaram
investigações oficiais sobre empresas que supostamente vendiam óleos de cozinha
usados insustentáveis contendo óleo de palma. Em setembro deste ano, o Provedor de Justiça da UE lançou
um processo sobre a recusa da Comissão Europeia em conceder acesso público a
documentos relativos à origem e quantidade de óleos de cozinha insustentáveis. Natasha Foote, EurActiv.
- Investigação recente da ShareAction mostra que, apesar da necessidade urgente
de descontinuar a produção de petróleo de xisto, muitos bancos europeus mantêm
um envolvimento significativo no setor e têm “políticas fracas e ineficazes”
para eliminar o seu financiamento. BrankTrack.
- Em julho, três governadores dos Estados Unidos e o
presidente da tribo indígena Ute elogiaram o projeto Energía Costa Azul - que aguardava
a aprovação do governo mexicano - como “uma das estruturas de exportação de gás
natural liquefeito mais promissoras na costa do Pacífico.” A carta foi conseguida
pelo Western States and Tribal Nations, um grupo de ativistas que afirma ter
sido criado em parte para “promover a autodeterminação tribal”, criando um
acesso mais fácil aos mercados estrangeiros para o gás extraído das terras dos índios.
Mas descobriu-se que os principais financiadores do grupo são governos
municipais e empresas de combustíveis fósseis - incluindo uma subsidiária da
Sempra Energy, de San Diego, que recebeu aprovação este mês para construir a
instalação de US $ 1,9 mil milhões em Baja. Na verdade, o grupo tem apenas um membro
tribal, a tribo indígena Ute. Há muitos mais casos como este, em que petrolíferas vestem
a pele de cordeiros, dizem-se amigos das comunidades para melhor e mais
depressa as ludibriar. Sammy Roth,
LATimes.
- O Banco Industrial e Comercial da China decidiu não
financiar a central a carvão Lamu devido aos riscos ambientais e sociais
citados no projeto. Esperava-se que a central a carvão de Lamu, de 1.050 MW,
fosse a maior central a carvão da África Oriental e a primeira no Quénia. BrankTrack.
- Vencedores dos Prémios do Ambiente Goldman 2020: Chibeze Ezekiel, Gana - impediu a construção de uma
central acarvão; Kristal Ambrose, Bahamas - convenceu o governo das
Bahamas a proibir sacos plásticos descartáveis, talheres de plástico, palhinhas
e recipientes e copos de esferovite; Leydy Pech, México - liderou uma plataforma que interrompeu
com sucesso a plantação de soja geneticamente modificada da Monsanto no sul do
México; Lucie Pinson, França - pressionou com sucesso os três
maiores bancos da França para eliminar o financiamento de novos projetos e empresas
de carvão e convenceu as seguradoras francesas a seguirem o exemplo: entre
2017 e 2019, a AXA e a SCOR anunciaram planos para encerrar a cobertura de
seguro para projetos de carvão; Nemonte Nenquimo, Equador - liderou uma campanha indígena
e ação legal que resultou numa decisão judicial que protege 500.000 acres da
floresta amazónica e do território Waorani da extração de petróleo; Paul Sein Twa, Mianmar - liderou grande campanha paar a
criação de um parque da paz de 1,35 milhão de acres - uma abordagem comunitária
única e colaborativa para a conservação - na bacia do rio Salween, uma
importante zona de biodiversidade e lar do povo indígena Karen.
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