quarta-feira, 25 de novembro de 2020

EUA: Kerry, o mágico do Clima

  • A nomeação de John Kerry para colaborador de Biden encheu os grandes media internacionais de encómios nada habituais. A BBC lembra-nos que ele assinou o Acordo de Paris em 2016. O The Guardian garante que, após deixar a Casa Branca em 2017, sempre criticou as políticas ambientais de Trump e vai pugnar por reentrar no Acordo de Paris. O The Washington Post sublinha que Kerry passou a maior parte da sua vida a lutar pela redução dos impactos da crise climática. O New York Times diz que «aqueles que trabalharam com Kerry descrevem-no como tendo uma compreensão real da ciência da cise climática, uma compreensão dos custos e benefícios económicos implicados na mudança para energia limpa e uma relação de trabalho próxima com dezenas de líderes nesta área». O The Hill sobe a fasquia: chama-o czar do Clima, pelo seu papel em 2014 durante conversações com o governo chinês.  Oxalá todo este foguetório não esteja a servir para encobrir a nomeação de Tony Blinken para a Secretaria de Estado/Negócios Estrangeiros, alguém que, como consultor da WestExec Advisors, colaborou no famigeradoprograma de drones usados para assassinatos extrajudiciais.
  • Tucson, Arizona, está a dar aos residentes incentivos financeiros para recolherem a sua água da chuva enquanto a cidade trabalha para se tornar neutra em carbono até 2030. Por cada 3.300 litros de água da chuva recolhida e aplicada em rega o residente recebe um desconto de 10 cêntimos na sua fatura de água da companhia. Há ainda incentivos para quem investe em depósitos para armazenar da chuva. Chris Malloy, Bloomberg.
  • A General Motors anunciou que deixou cair o processo judicial que, juntamente com a administração Trump, visava acabar com o direito da Califórnia de definir os seus próprios padrões de ar puro. A GM vai procurar trabalhar com o presidente eleito Joe Biden, que fez do aumento de veículos elétricos uma prioridade. Louise Boyle, The Independent.
  • A Shell anunciou que vai encerrar definitivamente a sua refinaria de Convent, a 90 Km de New Orleans, Louisiana. Erwin Seba, Reuters.


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