sábado, 10 de outubro de 2020

Reflexão – Que pretende o Earthshot e a Fundação que o sustenta?

 

O Príncipe William e o mediático David Attenborough apresentaram o Earthshot, que esperam venha a ser o Prémio Nobel de Ambientalismo. O prémio de 50 milhões de libras ao longo de uma década busca 50 soluções para os problemas ambientais mais graves do mundo. O objetivo é encontrar novas soluções que tenham um efeito positivo nas mudanças ambientais e melhorem os padrões de vida em todo o mundo, particularmente nas comunidades que correm maior risco com a crise climática. O dinheiro do prémio terá de ser investido no desenvolvimento da ideia vencedora. Fazem parte do Conselho do Prémio Earthshot celebridades do mundo do entretenimento, desporto, negócios, caridade e meio ambiente, que atuarão como embaixadores, dando publicidade ao prémio e seus vencedores e ajudando a motivar as pessoas em todo o mundo para a questão ambiental. BBC.

Este novo prémio não é pioneiro. Passa a ser um complemnto do seu congénere Goldman, criado em 1989 e que, todos os anos, tem galardoado gente simples que, um pouco por todo o mundo, tem lutado em prol do Ambiente.

Passado o momento de pompa e circunstância encenado na divulgação deste prémio, os media britânicos de referência são pródigos em sublinhar a importância do prémio perante o falhanço dos governos do mundo em tomar medidas eficazes de combate à crise climática devido a rivalidades que alimentam. Por exemplo, o editorial do Times critica Greta Thunberg pela sua ingenuidade e por concentrar a sua ira quase sempre nos governos ocidentais, excluindo as gigantes poluidoras como a China e a Índia e por alimentar o desespero de uma geração e não se concentrar em soluções. Daí concluir que este grupo tem suficiente poder persuasivo para convencer céticos do clima como Boris Johnson e que a tecnologia pode e deve salvar o Ambiente. John Ingham, no Daily Express, vai mais longe: como não se pode mais confiar nos políticos para consertarem o Ambiente, acredite-se na tecnologia.

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