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terça-feira, 15 de setembro de 2020

Bico calado


  • O Governo dos Açores anunciou a assinatura de dois contratos com a companhia aérea Ryanair, num valor de dois milhões de euros. Os contratos têm como objetivo promover o arquipélago como destino turístico no Reino Unido e na Alemanha. O deputado do BE dos Açores, António Lima, contesta o negócio porque neste momento aquela empresa contesta nos tribunais europeus o apoio do Estado à SATA e à TAP. 
  • «(…) Depois de tudo o que se disse em jeito de protesto contra a associação entre António Costa e um dirigente desportivo apontado como alegado beneficiário da fraude do BES ou de estar envolvido em vários processos judiciais como arguido ou suspeito, impõe-se a pergunta: o que leva António Costa a inscrever o seu nome numa comissão que, pelo seu propósito, se destina a enaltecer alguém que é percebido por muitos cidadãos como uma das faces do país minado pelo favor e pela corrupção?(…)» Manuel Carvalho, António Costa na comissão que “honra” o quê? Público. 
  • Um punhado de multinacionais e grandes empresas registaram lucros fabulosos durante a pandemia da Covid-19, denuncia a Oxfam. Muitas alegam fragilidades e estendem a mão aos apoios estatais, escondendo os milhões que distribuem em dividendos pelos acionistas. 
  • «(…) Mete sexo? É com os pais. Não surpreende ver sob estas palavras as assinaturas de prelados e reconhecidos fundamentalistas católicos, como não surpreenderia ver a de fundamentalistas muçulmanos – os pais das meninas suíças impedidas de nadar assinariam de cruz. Mas encontrar ali um ex-presidente da República (Cavaco), um ex PGR e juiz do Supremo (Souto de Moura) e um ex primeiro-ministro (Passos), todos da democracia e portanto da obediência à Constituição em vigor e à legislação europeia, não pode deixar de chocar. É que, como se lê na muito resoluta resolução do Conselho de Ministros chefiado por Passos que em 2013 aprovou o V Plano Nacional para a Igualdade, Género, Cidadania e Não-discriminação 2014-2017, “é tarefa fundamental do Estado promover a igualdade entre mulheres e homens, sendo princípio fundamental da Constituição da República Portuguesa e estruturante do Estado de direito democrático a não-discriminação em função do sexo ou da orientação sexual.” (…)» Fernanda Câncio, A abjeção de eterno retorno – DN 5set2020. 
  • «Deixando de lado o passado da Grã-Bretanha, mais particularmente o do império, o país não está apenas a descambar continuamente para o autoritarismo, mas também está a demonstrar todos os primeiros sinais de um estado desonesto. Estas são palavras fortes, mas a definição real de um estado desonesto é - “uma nação ou estado que viola a lei internacional e representa uma ameaça à segurança de outras nações”. Exemplos como a invasão ilegal do Iraque, Síria e, posteriormente, Líbia são muito claros. Independentemente dos aspetos técnicos, todos eles quebraram as regras das leis ou normas internacionais. Mas há mais exemplos que mostram como o Reino Unido é um estado sem lei.» TruePublica
  • 3.000 mortos em 11 de setembro significaram tudo. 200.000 mortos de Covid-19 não significam nada. Aqui está o porquê. Para os líderes da América, as nossas vidas têm valor apenas na medida em que podem ser usadas para criar o pânico desejado. Jon Schwarz, The Intercept
  • Tribunal determina que a Bélgica devolva um dente de Patrice Lumumba à sua família. Lumumba, primeiro-ministro democraticamente eleito após a independência, foi assassinado após golpe de estado que o derrubou, tendo os assassinos desmembrado e diluído o seu corpo com ácido. DW.

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