quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Bico calado

  • «Não foi isto que aconteceu. O deputado em questão disse, em resposta à proposta do Livre, o seguinte: "Eu proponho que a própria deputada Joacine seja devolvida ao seu país de origem". Isto não ataca a ideia: não há aqui qualquer argumento contra ou a favor da proposta apresentada. O que Ventura fez foi dizer "volta para a tua terra", fórmula paradigmática de uma xenofobia que nos dias de hoje vem passando cada vez mais por "debate político". O Público sabe bem que Ventura não atacou a ideia, mas a pessoa, e que o fez em termos inequivocamente xenófobos. Sabe-o porque o noticia nas suas páginas. Optou por não o noticiar na capa; pior, optou por branquear esse ataque básico e repulsivo à pessoa, fazendo-o passar por um mero ataque à ideia da deputada.» Os truques da imprensa portuguesa.
  • Ventura, o puro branco – Tubo de Ensaio/TSF.
  • «Paulo Portas é alto dirigente da Mota-Engil Internacional, empresa com imensos negócios e responsável por muitas obras públicas em Angola, hoje como nos últimas décadas. Com tantos interesses em Luanda, a opinião que emite na TVI sobre Angola e "Luanda leaks" é informada. Mas não é certamente nada independente! No mínimo, deveria (ele e a TVI) fazer a sua declaração de interesses. Porque os esconde?» Paulo de Morais.
  • «José Eduardo Martins é sócio da Sociedade ABREU Advogados, tendo responsabilidades no escritório (Desk) de Luanda. Com tantos interesses em Luanda, a sua opinião sobre Angola e "Luanda leaks" é informada. Mas não é certamente independente!!! Ao comentar o assunto, ficar-lhe-ia bem declarar o seu conflito de interesses.» Paulo de Morais.
  • «O advogado de defesa de Manuel Vicente, o ex-vice-presidente de Angola acusado por corrupção activa e branqueamento de capitais em Portugal, é Rui Patrício. Patrício conseguiu convencer o Estado português a deixar fugir os processo de Vicente para Angola, onde este tem imunidade total, por anos. Mas Rui Patrício foi também advogado de Bárbara Vara, filha de Armando Vara. Foi defensor de José Penedos, condenado por corrupção no caso Face Oculta, de Helder Bataglia e ainda do Benfica, no caso “E-Toupeira”, entre outros. Com tanta experiência a defender corruptos, Rui Patrício foi nomeado para o Conselho de Prevenção da Corrupção, que hoje representa ao mais alto (baixo) nível - Inacreditável! Mais: Patrício foi ainda nomeado pelo Governo administrador da Fundação de Arte de Joe Berardo, talvez por ser um "verdadeiro artista".» Paulo de Morais.
  • «No tempo em que trabalhei com Isabel dos Santos ela nunca me pediu nada de ilegal». Nuno Júdice à SIC.
  • Enquanto Trump revela o seu «acordo do século» - um acordo amplamente considerado como o tiro de partida para mais anexações ilegais - releia o ensaio de Adam Keller sobre a história da 'mediação' amarga e tendenciosa de décadas entre os EUA, Israel e o povo palestiniano, na The New Internationalist.

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