sábado, 13 de abril de 2019

Reflexão: que fazer com casos/notícias inconvenientes?


«Muitas zonas de África tornaram-se pouco mais do que depósitos de lixo para o crescente desperdício de países ocidentais. A Somália foi uma das primeiras. Nos anos 1990s, com o caos provocado pelo derrube do ditador da Guerra Fria, Mohamed Siad Barre, as multinacionais italianas despejaram resíduos nucleares e outros resíduos perigosos no país. Posteriormente, grandes inundações infiltraram-se nos lençóis freáticos, o que terá provocado impactos negativos nos estoques de peixe, razão frequentemente citada pelos somalis para terem optado pela pirataria. «Os piratas da Somália são vistos quase como uma espécie de Robin Hood, roubando o Ocidente pelo mal que este lhes faz», diz Abdirahman Aden Ibrahim, analista político somali. Em 2006, o enorme despejo de lixo em Abidjan, na Costa do Marfim provocou um enorme escândalo relacionado com um grupo britânico. A petrolífera multinacional Trafigura foi acusada pelos graves problemas de saúde causados pelos resíduos tóxicos despejados. A Trafigura negou as alegações e sacudiu as culpas para uma empresa subcontratada que despejara o lixo sem o seu conhecimento. Após clamor internacional, a empresa pagou 110 milhões de libras para realizar uma limpeza organizada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. (…)» 
Times online 18jul2009, via Wikileaks e Scribd.

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