domingo, 14 de abril de 2019

Mobilidade elétrica: potencial do lítio desafia biodiversidade e qualidade das águas

  • A transição da mobilidade a combustíveis fósseis para mobilidade elétrica provocou o aumento substancial da procura de lítio para fabrico de baterias. «Nas últimas semanas foram publicados em Diário da República seis avisos a dar conta de que a australiana Fortescue requereu a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de ouro, prata, chumbo, zinco, cobre, lítio, tungsténio, estanho e outros depósitos minerais ferrosos e minerais metálicos associados em várias áreas do país, no norte e Centro de Portugal. Os anúncios são para as áreas denominadas “Cruto” (99,1 km2, localizados no concelhos de Braga, Barcelos e Vila Verde), “Fojo” (74,7 km2, nos concelhos de Melgaço, Monção e Arcos de Valdevez), “Viso” (133,3 km2, em Vieira do Minho, Montalegre, Cabeceiras de Bastos, Fafe); “Calvo” (375,2 km2, nos concelhos de Almeida, Pinhel e Figueira de Castelo Rodrigo), “Crespo” (189,6 km2, em Idanha-a-Nova) e “Nave” (308,5 km2, nos concelhos de Guarda, Almeida e Sabugal). São mais de 1100 km2 de área a pesquisar, todos à volta das áreas que foram identificadas como de elevado potencial na estratégia nacional do lítio – e cuja autorização para pesquisa e exploração vai ser definida por concurso público internacional.» Público, via Sustentabilidade e Acção. Quem garante que estas prospeções não irão contaminar lençóis freáticos, rios e ribeiras?
  • A migração em massa de África para a Europa vai acelerar, a menos que se faça mais para combater a crise climática, afirmou David Attenborough numa reunião do Fundo Monetário Internacional em Washington. «Acho difícil exagerar o perigo. Esta é a nova extinção e estamos a meio caminho dela. Estamos com problemas terríveis e quanto mais esperarmos para tomar medidas, pior será», cita o The Guardian.
  • O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, criou um órgão regulador com o poder de perdoar ou rever as multas ambientais, uma medida para conter o que ele considerou «indústria de multas» que ele diz ameaçar a subsistência de fazendeiros e pecuários. Ambientalistas alertam que a medida pode prejudicar a aplicação de leis que limitam a desflorestação em biomas sensíveis, como a floresta amazônica. Reuters.

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