- Mais confusão na Venezuela, Tubo de Ensaio 6fev2019 – TSF. Augusto Santos Silva deve estar com as orelhas a ferver.
- (…) Portugal calou-se covardemente diante de um país que nem às mulheres deixa sair à rua e que assassina e faz desaparecer o cadáver de Jamal Khashoggi. Põe-se agora a falar de cima do capoeiro, como se vozes de garnisé chegassem ao céu… Chavez foi um amigo de Portugal, com quem foram realizados negócios bons para os dois lados, um Presidente democraticamente eleito e que ganhou em eleições livres e limpas. Não instaurou uma ditadura, nem defendeu ditadores como fez Bolsonaro. Para que conste. A ditadura fria, cruel, absolutista está em Riad de onde Trump e os líderes europeus enchem os bolsos com os triliões de dólares da venda de armamento.» Domingos Lopes, in Venezuela, para que conste – Público 5fev2019.
- «(…) Porque é que os EUA, acolitados por alguns países europeus, embarcam numa posição agressiva e maximalista que inutiliza à partida qualquer solução negociada? Porque é que se fazem ultimatos típicos dos tempos imperiais dos quais, aliás, Portugal tem uma experiência amarga? Porque foi recusada a proposta de intermediação feita pelo México e o Uruguai, que tem como ponto de partida a recusa da guerra civil? Porque um jovem desconhecido do povo venezuelano até há algumas semanas, membro de um pequeno partido de extrema-direita, Voluntad Popular, directamente envolvido na violência de rua ocorrida em anos anteriores, se autoproclama Presidente da República depois de receber um telefonema do vice-presidente dos EUA, e vários países se dispõem a reconhecê-lo como Presidente legítimo do país? (…) também tu, Europa? Estão conscientes de que, se a Europa estivesse genuinamente preocupada com a democracia, há muito teria cortado relações diplomáticas com a Arábia Saudita. E que, se a Europa estivesse preocupada com a morte em massa de civis inocentes, há muito que teria deixado de vender à Arábia Saudita as armas com que este país está a levar a cabo o genocídio do Iémen. Mas talvez esperassem que as responsabilidades históricas da Europa perante as suas antigas colónias justificassem alguma contenção. Porquê este alinhamento total com uma política que mede o seu êxito pelo nível de destruição de países e vidas? (…) Tenho-me reconhecido bem representado pelo Governo do meu país no poder desde 2016. No entanto, a legitimidade concedida a um Presidente-fantoche e a uma estratégia que muito provavelmente terminará em banho de sangue faz-me sentir vergonha do meu Governo. Só espero que a vasta comunidade de portugueses na Venezuela não venha a sofrer com tamanha imprudência diplomática, para não usar um outro termo mais veemente e verdadeiro da política internacional deste Governo neste caso.» Boaventura Sousa Santos, in A Nova Guerra Fria e a Venezuela – Público 6fev2019.
- O Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico são usados como «armas financeiras não convencionais em tempos de conflito e ainda guerra geral em grande escala», bem como em alavancar «as políticas e a cooperação dos governos estaduais», já dizia um documento divulgado pelo Wikileaks em dezembro de 2008. Estas armas financeiras podem ser usadas pelos militares dos EUA para criar «incentivos financeiros ou desincentivos para persuadir adversários, aliados e quejandos a modificar o seu comportamento nos níveis estratégico, operacional e tático do teatro (…)». Venezuela, Equador e Argentina fazem parte da lista de países alvo. Via Mint Press.
- O que motivará o JN a ter critérios diferentes na elaboração de títulos sobre penas por fraude fiscal? «Mourinho aceita um ano de prisão com pena suspensa por fraude fiscal» e «Cristiano Ronaldo chegou ao tribunal sorridente, assumiu fraude fiscal e saiu»
- Uma investigação da Reuters descobriu recentemente que ex-agentes das secretas norte-americanas tinham colaborado com a ditadura dos Emirados Árabes Unidos para invadir iPhones pessoais. O programa monitorizou centenas de alvos durante 2016 e 2017, incluindo jornalistas e ativistas de direitos humanos.
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