Dessalinizadora de Porto Santo. Agosto 2012.
Neste momento há 16 mil dessalinizadoras em 177 países, muitas das quais concentradas no Médio Oriente e no Norte da África, onde a escassez de água é uma realidade.
O crescimento do número das dessalinizadoras é diretamente proporcional ao crescimento da salmoura, um subproduto químico hipersalino, o que representa um novo risco para a saúde pública e ambiental.
O alerta é dado por um estudo do United Nations University’s Institute for Water, Environment, and Health (UNU-INWEH). Cada litro de água para consumo humano produzido por uma dessalinizadoras representa 1,5 litros de salmoura, 50% mais do que até agora se calculava.
Apenas quatro países são responsáveis por 55% da salmoura global: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Catar. Segundo o relatório da UNU-INWEH, a salmoura não tratada aumenta a temperatura e a concentração de sal da água do mar, fator que reduz os níveis de oxigênio da água, afetando organismos marinhos e a cadeia alimentar. O processo de dessalinização também usa produtos químicos tóxicos, como o cobre e o cloro, poluindo oceanos quando descartados.
Uma melhor gestão das dessalinizadoras deverá incluir, sugere Manzoor Qadir, um dos autores do estudo da UNU-INWEH, o aproveitamento da salmoura para produção de eletricidade, irrigação de culturas tolerantes ao sal e até mesmo a sua utilização em aquacultura, com aumento de 300% na biomassa do peixe. IPS.
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