sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Bico calado


  • «(…) o Banco Alimentar gasta 300.000 euros ano em ordenados, para não falar noutras despesas que pouco têm a ver com o apoio a famílias necessitadas, e eu por mim tenho dificuldade em compreender isso.» Marco Capitão Ferreira, in Expresso.
  • «A exemplo do que Almada Negreiros escreveu na sua «Cena do Ódio» (esta é a “a pátria onde Camões morreu de fome/e onde todos enchem a barriga de Camões!”) a instituição de Jonet vale-se de haver tanta gente com fome para que muitos dos seus amigos e protegidos com eles lucrem. A começar pela própria líder acabada de ser premiada com um bem remunerado cargo na administração do Grupo José de Mello, que alegou encontrar nela as competências pretendidas para o seu negócio predador em função da continuada vigarice, que tem sido a sua carreira de «benemérita» nos últimos vinte e quatro anos. (…)» Jorge Rocha, in Ventos semeados.
  • «(…) A questão é já termos percebido que já se passou para uma nova fase do relacionamento entre a Cofina/CM e o sistema judicial. (…) Estou convencido de que numa primeira fase eram pessoas do sistema judicial que se aproveitavam da Cofina/CM, eram alguns juízes e procuradores que, desconhecendo os seus verdadeiros deveres, lideravam o processo. Não podendo acusar ou condenar através de meios legítimos, utilizavam as páginas do CM para julgamentos na opinião pública, para mandar mensagens, fazer ameaças veladas ou, simplesmente, ajudar em processos. Uma troca, portanto: a Cofina/CM fazia uns euritos mais com os atentados à justiça e alguma gente do sistema judicial fazia, no fundo, justiça privada ou, pior, prosseguia uma agenda justiceira. Mas, como acontece amiúde, o mensageiro tomou conta da mensagem. Agora é a Cofina/CM que promove e despromove operadores judiciais (as notícias sobre Ivo Rosa e Carlos Alexandre são exemplares) e seleciona as informações já não em função das agendas desses mas da sua própria. (…)» Pedro Marques Lopes, in A institucionalização da infâmia - Diário de Notícias, 26nov2018.
  • A Irlanda foi o primeiro país a aprovar uma lei que criminaliza a importação de produtos de colonatos israelitas com penas de cinco anos de prisão ou multa de € 283.000. MEM.
  • Depois de receber um benefício fiscal de 514 milhões de dólares do governo norte-americano e biliões de subsídios públicos, a General Motors prepara-se para fechar 5 fábricas e despedir 15 mil trabalhadores, conta a Common Dreams.
  • O governo canadiano disponibilizou 595 milhões de dólares para um programa de apoio ao jornalismo durante 5 anos, conta o Nieman Lab. Uma das medidas é um crédito fiscal temporário e não reembolsável que permitirá que os assinantes reivindiquem 15% do custo das assinaturas de media de notícias digitais qualificadas. Ironicamente, no mesmo dia em que a medida era divulgada, o Toronto Star despedia 13 jornalistas. Aliás, a Postmedia, o maior grupo do ramo, despediu 3 mil em 6 anos; um terço de empregos no jornalismo canadiano desapareceu desde 2010. Para alguns, a medida só vai criar subsidiodependência.
  • «Milicianos da Zona Oeste do Rio estão construindo prédios de luxo, com até dez andares de altura. Alguns dos edifícios são em área de proteção ambiental. Tudo isso sem nenhuma fiscalização do poder público. Os apartamentos são vendidos por imobiliárias, que admitem a ilegalidade dos imóveis, que não contam com escritura ou qualquer outra documentação formal.» Globo.

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