Um vídeo clip de animação foi proibido pelas autoridades alegando que violava regras de publicidade, nomeadamente porque tinha objetivos políticos.
O vídeo estava incluído na campanha natalícia e mostrava um pequeno orangotango no quarto de uma criança e relacionava-o com a destruição do seu habitat às mãos da indústria do óleo de palma.
Para os patrões da publicidade, promover produtos que contêm óleo de palma não é ser político, mas denunciar os problemas do óleo de palma já é ser político. Para os reis da publicidade, neutralidade política significa estar do lado do status quo. Por isso, somos politicamente neutros se destruirmos ou ajudarmos a destruir o planeta, os ecossistemas, a vida das pessoas e dos animais, mas se desafiarmos ou denunciarmos os interesses que movem essa destruição já somos radicais ou extremistas. É triste e lamentável constatar que não são só os patrões da publicidade que pensam assim. Quase todos os media fazem o mesmo.
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