sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Dezenas de cientistas protestam contra conferência de negacionistas das alterações climáticas

  • A conferência de negacionistas das alterações climáticas agendada para este fim de semana na Faculdade de Letras da Universidade do Porto devia ser cancelada, defende João bRanco, da Quercus. Tudo porque a instituição foi manipulada e está a dar palco a indivíduos com interesses políticos e económicos, nomeadamente ligados a empresas de exploração de energias fósseis. João Branco diz que esta não é uma questão de liberdade de expressão, mas de salvaguardar a credibilidade de uma instituição de relevo na cidade: «Uma instituição como a Universidade do Porto não presta um bom serviço ao dar palco a este tipo de indivíduos, não porque não se deva dar voz a todos, mas porque a universidade deve ser um palco de ciência e não de pseudociência». A Universidade do Porto defende-se: «A censura de opiniões não faz, nem deve fazer, parte da natureza das instituições de ensino superior e é nesse contexto que a Universidade do Porto irá acolher a referida conferência. O combate às alterações climáticas e a sustentabilidade ambiental são uma prioridade para a Universidade do Porto, principal promotora do projeto Casa Comum da Humanidade, que pretende apresentar às Nações Unidas um novo sistema de governação global dos recursos planetários e elevar o Sistema Terrestre à condição de Património da Humanidade». Sapo24Mais de 30 cientistas de várias instituições portuguesas subscrevem uma carta aberta ao reitor da Universidade do Porto em protesto contra a realização desta conferência. A iniciativa foi subscrita por, entre outros, Carlos Borrego, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, Carlos Fiolhais, do Departamento de Física da Universidade de Coimbra, Filipe Duarte Santos, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, e que foi revisor do relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU, Francisco Ferreira, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Manuel Sobrinho Simões, do IPATIMUP, e Teresa Lago, do Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade.
  • Mais de 500 cidades em 80 países participam sábado, 8 de setembro, numa marcha pelo clima. Objetivo: demonstrar a urgência da crise climática, destacando o impacto crescente pelo qual estão a passar algumas comunidades e de ao mesmo tempo apresentar soluções inovadoras para este problema. Jornal da Economia do Mar.
  • A DeSmog UK investiga minuciosamente as origens académicas e industriais dos envolvidos nas campanhas de marketing e relações públicas que estão a confundir o público e a dificultar o combate contra o aquecimento global. Por isso, disponibiliza um extenso banco de dados de negacionistas climáticos envolvidos na indústria de negação do aquecimento global.
  • Em Newark, o NRDC solicitou a um juiz uma ordem de emergência que ordene a entrega de água porta a porta ou filtros de água para famílias com crianças menores de seis anos, mulheres grávidas ou amamentando ou residências cuja água tenha sido identificada como contendo chumbo acima do normal. A organização criticou severamente os ´responsáveis camarários de estar mais empenhados em negar e esconder o problema doque em encontrar soluções para os elevados níveis de chumbo detetados na água das torneiras de muitas casas daquela cidade de New Jersey. NJ.

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