Foto: Jean-Paul Ferrero/Auscape/Alamy
- Quanto ganha o executivo municipal em Portugal? JN.
- «(…) o homem nasceu num programa de televisão sobre futebol. Foi o que criou a persona pública, que lhe fez sentir que não importa o que diga desde que seja chocante, que o que é preciso é abanar-se muito e interromper toda a gente. Ou seja, o exemplo pode vir a ser radicalizado: há canais de televisão prontos para inventar os seus candidatos e promover delinquentes (…)» Francisco Louçã in Anda demasiado nervosismo pelo ar – Público 22set2017.
- «Contactada pela Lusa, a deputada do PS na Assembleia Municipal, Autora Morais, diz que o problema é o processo "ser pouco claro desde o início" e envolver uma "permuta incorreta de terrenos", já que a cedência de 7.000 metros quadrados por parte da câmara implica que, em troca, a corporação lhe ceda os dois quartéis que ocupa atualmente na zona nobre da cidade. "De forma muito sintética, a câmara querer permutar uma bicicleta por um Ferrari", diz a deputada que já presidiu à associação humanitária dos extintos Bombeiros Espinhenses. "Comprou o terreno de Anta por uma bagatela, com recurso a expropriações, e agora avaliou-o em 1,341 milhões de euros para ele corresponder melhor ao valor dos dois quartéis no centro da cidade, cada um avaliado em cerca de 650.000 euros", explica. Disso resulta assim "um claro prejuízo para os bombeiros, que, se vendessem os quartéis por sua própria iniciativa, ficavam a ganhar muito mais".» Bombeiros de Espinho "atónitos e desmotivados" com chumbo de novo quartel na AM - DN 22set2017.
- «(…) De entre as hierarquias de prioridades políticas, as estratégias da reforma florestal e da conservação da natureza não possuem peso eleitoral ou valor intrínseco na consciência das sociedades para obrigar os políticos a valorizar um território cada vez mais votado ao abandono. É o eterno dilema da economia versus ecologia: os economistas dão poder, os ecologistas trazem reivindicações. Mas ao contrário destes, que se associaram a movimentos políticos, os ecólogos são cientistas que olham e vêm os problemas como um todo, de forma holística.(…)» Maria Améllia Martins-Louçã in O continuum Ecologia-Economia – Público 22set2017.
- «A Guarda Civil espanhola anunciou, na passada quarta-feira, a detenção do principal colaborador do vice-presidente da Catalunha, Josep Maria Jové. Segundo a comunicação social espanhola, o executivo prendeu 12 membros do governo catalão por causa do referendo pela independência. Ena, Espanha voltou a ter presos políticos.(…) quando vi as imagens da polícia a entrar, à força, pela porta de uma casa e a prender políticos, pensei, maldita Venezuela. Este Maduro só a tiro. Depois é que percebi que era em Barcelona porque, apesar de tudo, havia mais turistas que polícias. (…) Independentemente de a Catalunha ter direito, ou não, a fazer um referendo sobre a independência, Rajoy reagiu à Erdogan. Mandou prender parte do governo autónomo, queimou boletins de voto e arrancou cartazes. Só faltou mandar fuzilar os senhores que fizeram as urnas de voto. Foi à bruta. Acho que até com a ETA houve mais negociações. Depois desta decisão de Rajoy, imagino que, com o apoio do Rei, o referendo está condenado porque Rajoy garantiu a vitória do sim à independência. (…)» António Quadros in A sagrada Catalunha – JNegócios 22set2017.
- «Sejamos honestos e aceitemos que a posição de cada um não resulta de nenhuma questão de princípio mas de cálculos bem interesseiros: as novas independências no bloco de leste foram boas para as potências ocidentais – incluindo as que resultaram no regresso da guerra ao solo europeu –, as do bloco ocidental são más. O nacionalismo é um anacronismo quando se quer ver livre de Espanha ou do Reino Unido, mas absolutamente natural quando se quis ver livre da Jugoslávia ou da URSS.» Daniel Oliveira, via A estátua de sal.
- «(…) Previstas por quem? Pelos sistemas mediáticos de amplificação, que se preparam sempre para o grande espectáculo do Dilúvio e do sopro colossal (mas nunca para a morte lenta e silenciosa provocada pela seca, que é certamente a catástrofe mais comum do nosso tempo). (…) o mesmo acontece com essa “dura cicatriz” a que chamamos estupidez - que os media anunciam as catástrofes naturais com júbilo e demagogia. Nesse momento, eles jogam aos dados com os cidadãos, tal como Deus com as suas criaturas. São os grandes encenadores e anunciam que vamos assistir a um espectáculo transcendente. É o sublime a que temos direito, aquele sentimento que dantes era experimentado durante a representação da tragédia clássica, onde a emoção sentida pelo espectador se transformava em capacidade de resistência moral.(…)» António Guerreiro in O sublime a que temos direito – Público 22set2017.
Sem comentários:
Enviar um comentário