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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Reflexão – Deve a indústria petrolífera orientar os curricula das escolas?

Imagem apanhada aqui.

Uma rede bem urdida de organizações intimamente relacionadas com a indústria de petróleo e gás disponibiliza materiais de sala de aula que pintam uma imagem dourada dos combustíveis fósseis. Os paladinos deste tipo de programas alegam que eles ajudam a indústria a rejuvenescer a força de trabalho ao despertar o interesse precoce em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Mas alguns especialistas questionam o valor educacional e a ética de lições que promovem uma indústria que desempenha um papel central nas alterações climáticas e na poluição do ar.

O truque começou no início dos anos 40s, conta o Center for Public IntegrityO objetivo era nitidamente o de marketing, conceito que se desenvolveu até ao presente, sendo agora muito difícil a linha que separa o patrocínio da promoção.

Escolas e bibliotecas de Oklahoma receberam mais de 9 mil exemplares de Petro Pete’s Big Bad Dream, e 14 mil professores deste estado foram convocados para participar em ações de formação acerca da aplicação do currículo de ciência e energia sugerido por aquele programa.
Entretanto, os professores são fortemente pressionados para omitirem qualquer referência às alterações climáticas e aos impactos dos combustíveis fósseis sobre o Ambiente e a saúde das pessoas, apesar do Oklahoma se confrontar com terramotos comprovadamente provocados pela tecnologia da fraturação hidráulica utilizada na extração de gás e petróleo na região.
O Oklahoma não é original nesta invasão dos curricula pelas petrolíferas. Montana, Arkansas, North Dakota, Wyoming e Texas seguem-lhes o exemplo.

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