quarta-feira, 31 de maio de 2017

Austrália liberta vírus letal para eliminar os coelhos bravos

Imagem captada aqui.
  • A famosa escultura A pequena sereia foi pintada de vermelho em protesto contra a política de caça massiva à baleia levada a cabo pela Dinamarca nas ilhas Faroé. Reuters.
  • Apesar de proibida, a extração de areia continua a ser feita na Ribeira da Barca, em Santiago, Cabo Verde. «Se não fosse a apanha de areia poderíamos morrer de fome. Sabemos que é prejudicial, mas temos de sobreviver. Se tivermos outras condições deixávamos de fazer isso», lamenta Isalina Semedo. Em fevereiro, o governo decretou a suspensão imediata da extração de areia nas praias do país, para disciplinar a prática e incentivar os privados a produzir areia mecanicamente. O ministro da Agricultura e Ambiente de Cabo Verde, Gilberto Silva, apontou a recolha de areia como um dos principais problemas ambientais no arquipélago, dizendo que o Governo já está a trabalhar no sentido de criar britadeiras nas ilhas do Fogo, Sal e São Vicente para produzir o material. «A pobreza não pode constituir razão para estarmos a dar cabo do ambiente. Vamos ajudar as pessoas a encontrar soluções, alternativas, mas não podemos negociar o ambiente desta forma», disse Gilberto Silva. RTP. Não é por acaso que a New Yorker de 29 de maio traz um longo artigo de David Owen intitulado The world is running out of sand (O mundo está a ficar sem areia) 
  • A Austrália libertou um vírus letal para eliminar os coelhos bravos. O vírus RHDV1 K5 provoca hemorragias e é tão letal como o ébola e tão contagioso como a gripe, tendo, em poucos meses, eliminado 42% dos espécimes selvagens na Nova Gales do Sul, o estado mais populoso da Austrália. Na Península Ibérica, a escassez de coelhos coloca em perigo a conservação de espécies como o lince ibérico e a águia imperial. Por isso, a guerra biológica na Austrália provoca arrepios aos peritos espanhóis. «É uma medida perigosa e irresponsável. Os vírus não conhecem fronteiras. Qualquer australiano pode trazê-lo para a Espanha nos seus sapatos», lamenta Francisco Parra, virólogo da Universidade de Oviedo. Já em 1951 a Austrália introduzira o vírus da mixomatose no Uruguai e, no ano seguinte, o vírus atingiu a Oceânia e um médico francês trouxe-o e introduziu-o nas suas propriedades. Foi assim que a mixomatose se espalhou pela Europa, atingindo 99% coelhos matar em algumas regiões. «Um país por si só não deveria poder tomar uma decisão destas. Deveria ser uma decisão tomada pela Organização Mundial de Saúde Animal», defende Rafael Villafuerte, perito em gestão de coelhos selvagens como no Parquye Nacional de Doñana. El País.

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