quarta-feira, 31 de maio de 2017

Reflexão – Que é feito do arrozinho de pombo?

Trilho da Calçada da Calcedónia, Gerês. Imagem captada aqui.

Os pombos de Lisboa vão deixar de ser considerados uma praga e passarão a ser controlados em pombais contracetivos. O primeiro foi inaugurado em Benfica, prevendo-se a implantação de mais 7 até ao fim do ano. Nos pombais da futura rede municipal, com a colaboração das juntas de freguesia e de voluntários, proceder-se-á à retirada dos ovos de pombos, ao fim de dois ou três dias, antes da formação do embrião, evitando-se assim a reprodução. 
Lançado no âmbito do Orçamento Participativo, o projeto consiste num conjunto de cerca de quatro dezenas de casulos instalados num antigo pombal do Parque Silva Porto. Atraídos, através de água e alimento, a esta estrutura agora reabilitada, os pombos tentarão ali proceder à nidificação, deixando os seus ovos, que serão recolhidos por cinco voluntários e substituídos por ovos de plástico. O Corvo.

Só faltou dizer o que vão fazer com os ovos roubados aos pombos. Irão vendê-los? Irão cozinhá-los? Também faltou dizer o que será feito das fezes dos pombos. Antigamente, os agricultores recolhiam-no para estrumar os seus terrenos, que costumavam produzir legumes e fruta que vendiam para a cidade. 
Independentemente disso, eliminar pombos antes deles nascerem é, de facto, mais limpo, mais silencioso, mais eficaz, em suma, mais civilizado. Qual é o liofilizado citadino que vai, agora, defender um arrozinho de pombo na tasca da esquina ao som de um bom fado? 

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