Trump afasta o primeiro-ministro do Montenegro Dusko Markovic na cimeira da NATO.
- «A militarização da Europa, facilitada pelo Daesh e pelas carnificinas como a de Manchester, é portanto uma estratégia política e eleitoral. Segue os passos de Trump. Se ignorarmos a prosápia que apresenta a Europa como o centro da sageza e os EUA como o faroeste, verifica-se que o contraste estratégico é nenhum. A motivação é também a mesma: se não se resolvem os problemas da hegemonia social, se os regimes vão tremendo por terem perdido os alicerces, a militarização é a resposta mais simples e mais imediata. O militar é só a força do político sem força. A guerra é só a política sem meios. A militarização da Europa é por isso útil para Macron e Merkel e é necessária para a convergência possível onde só se criou a divergência perigosa. Vamos portanto ter mais deste trumpismo elegante e europeu, que ainda nos pedem que aplaudamos. Ver todos os dirigentes europeus a abanarem a cabeça prometendo gastar mais em armas, como se isso tivesse o mais pequeno efeito na protecção das populações contra atentados terroristas, é assustador: apresentam-nos a medida mais incompetente para não lutarem contra o problema, querem enganar-nos e lançar-nos na espiral de uma nova corrida aos armamentos como se a militarização das nossas sociedades fosse a resposta para o século XXI.» Francisco Louçã in Sentados nas baionetas – Público 31mai2017, via FB.
- «Os terroristas sempre existiram e não nos odeiam por sermos livres. São incapazes de destruir os nossos direitos. Os direitos perdem-se quando os políticos tomam decisões em cima do joelho para sobreviverem mais um mandato (…) Não podemos ficar à espera de um político que nos salve. Somos nós, enquanto sociedade, que temos de resolver os problemas. É preciso metermos mãos à obra, agirmos e mudarmos o mundo. Passo a passo (…) A lei não nos defende, nós é que defendemos a lei. E quando a lei trabalha contra nós, cada um de nós tem a incumbência de a deitar abaixo. Não lutámos em revoluções nos nossos países pelo acesso a políticas secretas ou regulamentação, lutámos para estabelecer direitos universais e esses direitos estão ameaçados. Os direitos perdem-se com leis cobardes, que são aprovadas em momentos de pânico». Edward Snowden in Público 30mai2017 (Edward Snowden aplaudido de pé no Estoril)
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