Imagem capturada aqui.
O novo PDM prevê a transferência da estação de Espinho-Vouga para 3 Km a sul, para a zona do apeadeiro de Silvalde, onde aliás consta que a Refer tem projeto para nova estação da Linha do Norte. O PDM propõe, a partir daqui, um novo traçado, para leste, até à linha do Vouga. O troço que parte da atual estação de Espinho-Vouga será desativado e convertido em ciclovia.
Custa-nos compreender o esverdear de toda esta megaoperação com a criação de um canal de ligação pedestre e ciclável até ao Parque da Cidade. Convenhamos que será um imenso desperdício para as forças vivas e empreendedoras do concelho, até porque, que se saiba, o Grupo Amorim terá interesses imobiliários junto da atual linha do Vouga.
Por outro lado, se concretizadas, estas duas estações, - ou será apena uma articulando a linha do Norte com a Linha do Vouga? – ficarão isoladas, o que desviará muita gente, especialmente os utilizadores da linha do Vouga que demandam as praias de Espinho no Verão, a menos que se contentem apenas com a praia do Pau de Manobra.
A transferência da estação de Espinho-Vouga para 3 Km a sul parece colidir com o objetivo fundamental de promover a colmatação estrutural, de reforçar a coesão territorial em benefício de uma opção que terá efeitos multiplicativos porque não vai partir de espaços já estruturados, vai lançá-los, vai criar novos espaços, vai estimular a especulação de terrenos. A deslocalização da estação de Espinho-Vouga para 3 Km a sul poderá, pelo contrário, contribuir para a fragmentação e desqualificação do tecido urbano e dos espaços envolventes, poderá contribuir para a ineficiência e insustentabilidade ambiental e económica em termos de energia.
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