terça-feira, 23 de outubro de 2012

Caçador = bom conservacionista?


Foto: Darko Vojinovic/AP
  • Matas e baldios poderão ser transferidos para os municípios para se garantir uma melhor gestão da floresta, sugere Daniel Campelo, secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, citado pelo Público.
  • Um caçador é obrigatoriamente um bom conservacionista, afirmou Daniel Campelo ao PúblicoEsta faz-me lembrar a do Rei Juan Carlos que caiu e fraturou uma anca quando levava a cabo um inadiável projeto de conservação do WWF no Bostwana em meados de Abril passado. Também me faz lembrar o presidente Theodore Roosevelt, o tal que foi fotografado numa encenação de abate de urso e que lhe valeu a alcunha de Teddy Bear e a produção, comercialização e popularização dos ursos de peluche.
  • Borras de café combatem dengue? Há quem diga que sim. Se assim for, o problema estará resolvido na Madeira.

5 comentários:

Gonçalo Pereira disse...

"Esta faz-me lembrar a do Rei Juan Carlos que caiu e fraturou uma anca quando levava a cabo um inadiável projeto de conservação do WWF no Bostwana em meados de Abril passado". Muito bom!
Abraços

João Paulo Forte disse...

Sim, as borras de café combatem mesmo o dengue. No Brasil vi isso mesmo, pois estudantes de uma universidade testaram com sucesso as borras de café. Colocando borras de café, estas impedem, durante 3 semanas, que a bicharada apareça.
Quanto à afirmação do Campelo, ela não é mais do que patética. Há que contrapor estas afirmações falaciosas com factos, e eu já o fiz:
http://azinheiragate.blogspot.pt/2012/04/cacadores-vandalos-do-patrimonio.html

OLima disse...

Obrigado, Gonçalo e João Forte, pelos vossos comentários.
Será que o Campelo apoia as touradas? É apenas uma questão de coerência, penso eu de que :)

Gonçalo Pereira disse...

No final da mesma entrevista ao Público, Daniel Campelo diz que a tourada faz parte do património cultural português e tem de ser acarinhada.
Na mesma peça, aliás, antecipa uma fileira – palavra de honra, não exagero – uma fileira do cavalo em Portugal, que poderá viver à custa da abertura do mercado de apostas hípicas, uma vez que, cito o secretário de Estado, Portugal e o Luxemburgo são as excepções na UE que não as aceitam.
Temos portanto a estratégia florestal montada: caça com fartura, pobrezinhos a limpar as matas, touros ao fim-de-semana e a fileira do cavalo no hipódromo paga as contas! Abraços.

OLima disse...

Gonçalo, é isso mesmo, o plano é claro naquela mente brilhante.