O Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé condenou os proprietários da Quinta da Rocha, na Ria de Alvor, à reposição completa dos habitats que tinham destruído. A Butwell Trading, Serviços e Investimentos SA, de Aprígio Santos, está ainda proibida de promover atividades nas zonas de habitats protegidos durante 10 anos.
A destruição, especialmente em zona de sapal, foi detetada, denunciada e levada a tribunal em 2006 pela associação Rocha. Apesar de várias denúncias e da instauração de pelo menos nove processos de contra-ordenação, os proprietários da Quinta da Rocha continuaram a fazer trabalhos de lavra, gradagem e arranque de vegetação.
Entretanto, em 2009, a Presidente da LPN, Alexandra Cunha, foi levada a tribunal por ter escrito e publicado, em novembro de 2007, no Barlavento, este desabafo: “Até quando vai, este senhor, continuar a fazer de todos nós, e em especial das entidades com responsabilidades na matéria, palhaços da comédia institucional em que se tornou a defesa do ambiente e a conservação da natureza no Algarve?” Posteriormente, em fevereiro de 2012, o Tribunal de Portimão condenou o empresário e presidente do Naval 1º de Maio a 2 anos de prisão com pena suspensa e multa de 150 mil euros por crimes ambientais e de desobediência.
Durante todo este tempo registou-se o apoio de outras ONGs como a Almargem, o Geota, a LPN, a Quercus e a SPEA, o testemunho permanente do ICNB, da CCDR-Algarve e do SEPNA da GNR e o suporte de vários departamentos científicos das universidades do Algarve, de Coimbra, dos Açores e de Cambridge, e do Jardim Botânico de Lisboa. Refira-se que a Quinta da Rocha tinha sido comprada por Aprígio Santos a Joe Berardo.
Sem comentários:
Enviar um comentário