A WWF não é tão amiga do Ambiente como faz constar ou como muito boa gente julga. Um documentário alemão - Der Pakt Mit Dem Panda - desmascara esta organização revelando uma série de contradições.
Parte 1 (11:11) e Parte 2 (12:34). Pontos a reter: (1) Na Índia e na Indonésia, criaram-se muitos parques para atrair ecoturistas para observarem tigres. Em nome do ecoturismo produz-se ruído e poluição, e há vigarice porque continua-se a atrair ecoturistas para parques onde já não há tigres há 40 anos. Um milhão de pessoas foram deslocalizadas para permitir as visitas dos ecoturistas - governos e WWF dizem que tigres e pessoas não podem coexistir, quando há crianças que andam 7 km para ir à escola, encontram tigres e nada lhes acontece. (2) Até mesmo o Príncipe Filipe, que há anos dá a cara pela WWF, é confrontado com a sua participação numa caça a tigres na Índia em 1961. Terá a WWF sido apoiada pela velha aristocracia europeia com o objetivo de lhe preservar as suas antigas reservas de caça? (3) Na Argentina e no Borneo, destroem-se florestas tropicais para abrir caminho a monoculturas de óleo de palma para biocombustíveis - culturas carimbadas de "sustentáveis" pela WWF. (4) A WWF recebeu donativos da Dow Chemical, da Shell e da Monsanto. (5) O principe Bernhard da Holanda, presidente da WWF entre 1962 e 1976, fundou o Club of 1001, uma espécie de Amigos do WWF, que reuniu, há anos, lideres do apartheid da África do Sul, membros da Junta Militar da Argentina e o ditador do Zaire Mobutu e agora reúne a elite industrial e banqueira alemã.
Fonte: Sueddeutsche Zeitung de 26jun2011, via GMWatch.
11 comentários:
Não sei se terá a ver, mas há pessoas do clube Bilderberg que fazem parte da WWF. Infelizmente em todos os lugares há ovelhas ranhosas, seja na WWF ou em qualquer outra, pena que assim seja pois o movimento ambiental fica cada vez mais desacreditado. Será mesmo a estratégia do Bilderberg e afins? Fica a questão no ar.
A Green Peace é também "patrocinada" pelas maiores corporações do mundo.
Aguardemos, pois, um documentário sobre o dark side da greenpeace...
Só não podemos é cair na tentação de descredibilizar totalmente estas entidades, já que à parte de algumas coisas que fazem mal, outras há que fazem bem, é precisamente por isso que sou ciberactivista quer da WWF, quer da Greenpeace. Como já referi, há ovelhas ranhosas em todos os lugares, WWF e Greenpeace não são excepção. Há que criticar o que é criticável, e de forma construtiva, e aplaudir o que é de aplaudir, pois só assim podemos mudar as coisas para melhor. São factos que têm de ser ditos, pois infelizmente há poucos que conseguem fazer passar uma mensagem pedagógica, a começar por algo muito simples, o de que a toda a poluição que emitimos, só nos prejudica a nós, portanto ser-se "ambientalista" é ser-se acima de tudo um cidadão preocupado com o seu futuro, já que a Terra, essa já cá está há 4600000000 de anos e continuará por muitos mais. Nós, por seu lado, estamos cá há uns anitos e estamos a colocar em risco apenas e só a nossa continuidade...
João, compartilho a tua posição e atitude. Há que salientar o papel positivo de todas as organizações que pugnam pela conservação e defesa da natureza e da qualidade de vida e do Ambiente.
Não deixa de ter toda a razão João Paulo forte... a questão é que parece surrealista emm relação ao financiamento dessas duas ONG. Quanto `a Sea Shepherd, que se ouve falar muito menos, para mim são uns Heróis... então a batalha que travaram no Golfo do México, enquanto as outras se remeteram ao silêncio, foi exemplar!
Pouco se ouve falar destas verdadeiras "batalhas" destes heróis... lá está não há corporações por trás.
Quanto ao meu comentário sobre a Greenpeace, não posso dar provas ou fontes, uma vez que me foi revelado por um activista Greenpeace na Alemanha, meu amigo... com a maior naturalidade e que já o é há 25 anos.
Mas deu para chegar lá... a BP é um dos seus financiadores.
Sim, eu sei dessas e de outras histórias, afinal já tenho 11 anos de ciberactivismo em ambas as organizações (além de outras mais, nas quais muito tenho aprendido). No caso português, posso dar o exemplo da Quercus, da qual fui sócio durante 1 ano. Deixei de ser sócio da mesma quando a Quercus foi à cimeira de Joanesburgo, isto porque quem patrocinou a viagem foi a... galp. Como não concordei, saí, no entanto colaboro com eles, sempre que possível, e dou o meu contributo enquanto "freelancer". Resumindo, podemos sempre chegar a um compromisso que nos permite aproveitar e aplaudir o que de muito de bom elas fazem, mesmo apesar de por vezes errarem. Relativamente aos interesses, esses sempre os houve e sempre haverá. Reconheço que, por vezes, é bom ser-se oportunista e sacar dinheiro aos lóbis, no entanto isso dava para falar muitas linhas.
Peço desculpa só por este à parte, mas a discussão construtiva é algo de muito útil.
Continuo a achar surreal... a envolvência do conteúdo na intenção e acção destas ONG com as corporações, dão-lhes um cariz perverso e mostram ao extremo, a hipocrisia social a que chegaram as civilizações ocidentais, nada salutar para as relações humanas e não só. Quando pactuamos concientemente com este tipo de situações achando-as naturais, algo está invertido.
OLima faz muito bem em divulgar tamanha farsa...
Quem terá patrocinado o assassinato de Fernando Pereira?
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/quarenta-anos-a-lutar-pelo-ambiente
Não sei OLima, se bem que desconfio. Atente ao minuto 1.45 deste filme... e do filme seguinte, eles dão uma visão de alguns grupos ecologistas!
http://www.youtube.com/watch?v=hZcHlLTp4f0&feature=BFa&list=PLF5744BD4332FB780&index=11
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