- Apoiante do Chega fica em prisão preventiva por discurso de ódio. Nas redes sociais, Bruno Silva ameaçava jornalistas e incitava ao ódio e à violência contra cidadãos brasileiros. Agora tornou-se o primeiro acusado por estes crimes a ficar preso preventivamente. Fonte.
- Por trás dos kiwis e morangos «origem França», um sistema de fraude em grande escala. Fonte.
- “(…) Nunca Balsemão me fez qualquer ditado e creio que a nenhum outro jornalista da casa ou fora dela. Mas, não precisava. Balsemão nomeou uma entourage e um capatazariato suficientemente domesticados para não precisar de coisas dessas. (…) Balsemão não precisava de sujar as mãos. Conhecia bem os homens. Sabia que pagando-lhes bem (e o Expresso nesse tempo pagava obscenamente bem aos seus, por comparação com os demais jornais), dando-lhes amplitude de ação dentro de parâmetros implicitamente bem claros de poder, conferindo-lhes status, a maioria, sobretudo os provindos da área “plebeia”, com predomínio de provenientes da chamada extrema-esquerda, todos eles fariam o que era suposto fazerem sem grandes sobressaltos. Uma pequena elite gozava de uns furos acima no prestígio e status, e provinha da “oligarquia” política e das famílias de alta burguesia do país, actuando tão descontraidamente como só quem não conheceu da vida as dificuldades é capaz de o fazer. Esta era, a meu ver, a estrutura da esfera de influência e opinião que Francisco Pinto Balsemão construiu na vida dirigente do país, ao perceber que no mundo da construção de opinião, a hegemonia obtém-se não controlando em absoluto o que se publica mas, pelo contrário, admitindo e mesmo promovendo, até certo ponto, a dissidência que projeta uma ideia de democraticidade num sistema real ferreamente telecomandado. Poucos, na altura, sabiam isso, num Portugal moldado pela imposição de Salazar e a hesitação de Caetano. (…) Compreendeu que mais do que ter o poder, o seu poder consistiria em ser aquele (ou um dos poucos aqueles) que detinha o poder de dar o poder a outros que, por tal crédito lhe ficariam permanentemente em débito. Isso passou-se com o jornalismo e os jornalistas conforme se passou com a política e os políticos. Francisco Balsemão percebeu, mais cedo que os outros -e tinha para isso condições- que mais importante do que aparecer na televisão era ter uma televisão capaz de dar a aparecer aqueles para quem esse aparecer era o melhor a que podiam aspirar. (…) Como num automóvel, do qual vemos as rodas a girar, mas não o eixo que as liga e coordena, compreende-se o luto póstumo de quantos têm para com Balsemão dívidas tais de gratidão, que nem os maiores e mais velhos ressentimentos permitem furar a hagiografia do luto nacional em torno de uma figura capital da reconfiguração portuguesa do sistema do capital no tardo-fascismo e no liberal-parlamentarismo que se lhe seguiu e que temos atrás do que somos. (…)” Rui Pereira, BALSEMÃO: AS RODAS E O EIXO QUE AS LIGA.
- “Há pouco, ouvi Nicolau Santos referir na RTP sobre a importância que Pinto Balsemão dava à independência. Em 2003, andava na Escola Superior de Comunicação Social e era já um grande admirador do Rui Pereira. Nesse ano, o então jornalista do Expresso tinha conseguido entrevistar dirigentes da ETA e a peça estava preparada para ir para o ar na SIC. Era um exclusivo de que nenhum canal prescinderia. De repente, veio uma ordem para que não fosse transmitida. Oficialmente, a Embaixada de Espanha, em Lisboa, assumiu junto da imprensa espanhola ter pressionado o canal de Pinto Balsemão. Contudo, na época, falou-se de uma intervenção directa do então rei de Espanha Juan Carlos junto de Balsemão, ligados por uma relação de amizade desde a juventude. Mais de uma década depois, o Sindicato dos Jornalistas exigia ao Expresso que divulgasse os nomes dos jornalistas envolvidos numa investigação judicial ao Grupo Espírito Santo, conhecida como Panama Papers. Na época, o semanário fundado por Pinto Balsemão prometia dar os nomes dos jornalistas que teriam recebido dinheiro através de uma empresa num paraíso fiscal. Nunca aconteceu. Deixo aqui uma fotografia histórica de Pinto Balsemão, também membro do Grupo Bilderberg e antigo primeiro-ministro (em cujo mandato dois manifestantes foram assassinados pela polícia nas comemorações do 1.º de Maio da CGTP) a servir de mestre de cerimónias à entrega de um globo de ouro da SIC a Mário Soares pelo antigo agente da CIA e antigo embaixador norte-americano em Portugal, Frank Carlucci.” Bruno Carvalho.
- Os longos e ubíquos panegíricos prodigalizados ao mito mediático agora falecido não passam de uma tentativa de branqueamento histórico de quem sempre exibiu o condão de favorecer as elites, os ricos, os poderosos. Recorde-se de que lado sempre esteve e como contribuiu, enquanto primeiro-ministro para atacar o que ainda restava do 25 de Abril, nomeadamente a Reforma Agrária, e como teve responsabilidades na bancarrota de 1983. Leiamos/Ouçamos os seus discursos de 1981 e 1982. Não, não temos memória curta.
- As federações desportivas internacionais serão instruídas a não permitir que a Indonésia sedie eventos após a proibição do país aos atletas israelenses. A Indonésia afirmou que não concederia vistos à equipa de Israel para o Campeonato Mundial de Ginástica Artística, que está a decorrer em Jacarta, devido à ofensiva militar do país em Gaza. Em resposta, a direção executiva do COI decidiu «encerrar qualquer forma de diálogo» com o Comité Olímpico Nacional da Indonésia «sobre a realização de futuras edições dos Jogos Olímpicos, Jogos Olímpicos da Juventude, eventos olímpicos ou conferências». Fonte.
- Israel ordenou a deportação de 32 ativistas estrangeiros por apoiarem os palestinianos na colheita da azeitona contra a violência dos colonos na Cisjordânia ocupada. Fonte.


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