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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

OLIVEIRA DE AZEMÉIS: INDÁQUA AUMENTA LUCROS EM 56% À CUSTA DE DESINVESTIMENTO

  • "Como pagar mais pela mesma água (e pela que se perde). Recebemos a mensagem de um leitor atento, daqueles que ainda têm paciência para ler relatórios e não apenas o “total a pagar” na fatura: “No espaço de um ano, conforme o relatório de contas de 2024, a Indáqua aumentou os lucros em cerca de 56%. Na minha opinião, isso deve-se à falta de investimento na manutenção das redes de água e saneamento, o que resultou em perdas superiores a 1 milhão e 200 mil litros de água por dia. Quem paga essa água? Todos nós, através de faturas mais caras, agravadas pelo aumento extraordinário dos tarifários da água e saneamento e pelo aumento de 100% na TRSU desde 2023. Hoje, pagamos a segunda fatura mais cara do país nos consumos de 120 e 180 m³.” E os números confirmam: Lucros: +56% num ano, mesmo com o volume faturado a crescer apenas 6,69%. Perdas de água: mais de 1,19 milhões de litros por dia, suficientes para encher meia dúzia de piscinas olímpicas todos os meses. Investimento em manutenção: modesto, tendo em conta o estado das perdas. A matemática é simples: se a água se perde, mas o lucro cresce, é porque alguém está a pagar pela que não chega à torneira. E, claro, quem é esse alguém? Os Oliveirenses, claro está! Enquanto isso, a Indáqua brinda com mais de 800 mil euros de lucro em 2024, sem ter de vender uma gota a mais. Basta vender a mesma… e cobrar por aquela que se esvai pelo caminho. Parabéns a todos os que transformaram desperdício em negócio. É a verdadeira magia da água: desaparece das condutas, reaparece na fatura.” O Alfinete. Agradeçam ao executivo que decidiu externalizar o controlo sobre este bem público e à Assembleia Municipal que ratificou o negócio.
  • “O que isto nos diz é que a natureza não se preocupa com as aflições humanas. Como dizia Pessoa: ‘A natureza não tem coração; é de uma indiferença que ofende’. Somos nós, os humanos, que temos de aprender a compreendê-la, a aceitar-lhe os humores e a saber viver com ela. Isso significa que não vale a pena contrariar os desígnios do clima, nem querer, arrogantemente, enfrentar as suas forcas que, como todos os surfistas sabem, se estão nas tintas para com os desejos ou ambições dos homens. Se não soubermos moldar-nos ao que a natureza nos oferece, acabaremos inevitavelmente por ser destruídos por ela.” Pedro Arruda, Perseguidores de tempestades Açoreano Oriental.
  • O investimento global em novos projetos de energia renovável atingiu o recorde de US$ 386 biliões no 1º semestre deste ano, um aumento de 10% em relação a igual período de 2024. Fonte.

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