- O Governo de Luís Montenegro apresentou o plano TERRA – Transformação Eficiente de Resíduos em Recursos Ambientais. O plano prevê 1.500 milhões de euros para a construção de duas novas unidades de incineração (uma na região Centro e outra no Alentejo/Algarve), e da ampliação das unidades de Lipor e Valorsul. Considerando que este montante não poderá ser financiado através de fundos comunitários, pois a taxonomia não permite financiar soluções fim de linha, o Governo propõe que Portugal se endivide junto do Banco Europeu de Investimento. Portanto, direta ou indiretamente, cada português irá pagar mensalmente o aumento de custos na fatura dos resíduos causado por esta decisão, ao longo de muitos anos, e colocará uma enorme pressão sobre as contas das autarquias, diz a Zero. Para além do desperdício de recursos naturais, produzir eletricidade a partir da queima de resíduos urbanos implica emissões de gases com efeito de estufa acima das restantes fontes usadas para o mesmo fim. Fonte.
- “Castro Almeida afirmou ao jornal Público, com o tom mais demagógico desde os tempos de Matos Fernandes, ex-Ministro do Ambiente, que a lei "muda completamente as regras sobre o uso do solo já que, a partir de agora, quem vai decidir sobre o alargamento da capacidade construtiva são as câmaras e as assembleias municipais, 'sem necessidade de colher um conjunto grande de pareceres que até aqui era obrigatório, achando ainda 'quase indecoroso pensar que esta alteração pode favorecer a corrupção". Indecoroso, já agora, cínico, é achar que somos todos parvos! No início do século passado, durante o crescimento da cidade de Lisboa uma vaga de construtores civis, oriundos de Tomar, fez fortuna à conta de construções de duvidosa qualidade e negócios pouco claros. Ficaram para sempre conhecidos como patos bravos, nome que ainda hoje define os empresários da construção civil, sejam sérios ou menos sérios. Castro Almeida, com a sua lei, ascendeu a encantador de patos bravos, câmaras municipais e suas assembleias. É caso para dizer, "only in Portugal"! Esta lei vai criar um El Dourado para a construção civil e, por tabela, para as autarquias com custos ambientais incalculáveis. Nada como branquear os obscuros esquemas montados que le- varam ao assassinato da península de Troia, assim como tantos outros locais por este país fora, querendo-nos fazer acreditar que as câmaras e suas assembleias são compostas por angelicais meninos do coro.” Pedro Vieira, Lei dos solos – o encantador de patos bravos. Jornal de Azeitão, fevereiro 2025.

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