Um homem rega as colheitas perto do abrigo da sua família em Gaza, a 20 de novembro de 2024. Foto: Moiz Salhi/Middle East Images/AFP via Getty Images
Antes do início do ataque de Israel em 2023, as terras agrícolas cobriam aproximadamente 47% da Faixa de Gaza e produziam alimentos suficientes para servir até um terço da procura local, oferecendo uma fonte crítica de alimentos para os palestinianos que vivem sob cerco há quase duas décadas.
Neste momento, toda a capacidade agrícola de Gaza encontra-se dizimada.
Segundo a ONU, 82% das terras de cultivo, 55% dos sistemas de irrigação nas explorações agrícolas e 78% das estufas foram danificados, deixando estéreis os campos outrora produtivos. Cerca de 70% dos poços agrícolas foram danificados e 96% do gado e 99% das aves de capoeira morreram. Para agravar ainda mais a situação, Israel impôs fortes restrições à entrada de sementes, fertilizantes e outros artigos necessários para a agricultura.
Em novembro passado, a Autoridade para a Qualidade Ambiental publicou um relatório em que concluía que o lançamento de mais de 85.000 toneladas de munições por Israel em Gaza levou à "poluição do solo com químicos tóxicos que dificultarão a agricultura nas próximas décadas". O relatório também salientou que Israel utilizou vários tipos de armas, incluindo fósforo branco, que podem causar danos ambientais permanentes.

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