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quarta-feira, 12 de março de 2025

ÁGUA QUE UNE: PRIORIDADE ÀS GRANDES OBRAS HIDRÁULICAS EM DETRIMENTO DA EFICIÊNCIA HÍDRICA E DA PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DA ÁGUA

  • “A Estratégia Água que Une dá uma clara prioridade às grandes obras hidráulicas, nomeadamente à criação de novas infraestruturas e origens de água, bem como ao aumento da capacidade de armazenamento das infraestruturas existentes, em detrimento da eficiência hídrica e da promoção do uso racional da água”, afirma o movimento em defesa da bacia hidrográfica do Douro MovRioDouro. De acordo com o movimento, essas grandes obras vão artificializar ainda mais os rios e fragmentar os habitats, visando essencialmente criar condições para a expansão do regadio e a consequente promoção da agricultura intensiva. O MovRioDouro considera curioso que, sobre a resiliência hídrica, sejam apresentados simultaneamente dois objetivos antagónicos: por um lado, aponta-se a construção de barragens (13 barragens de grande dimensão), interligações entre bacias hidrográficas e criação de novos sistemas de abastecimento; por outro, pretende-se restaurar os ecossistemas e incrementar a continuidade fluvial. O MovRioDouro critica ainda que o plano tenha sido elaborado sem uma ampla discussão pública, não tendo passado pelo Conselho Nacional da Água ou pelos Conselhos de Bacia Hidrográfica, pondo ainda em causa os Planos de Região Hidrográfica, aprovados em 2022 com uma vigência de seis anos, e entrando em conflito com a Diretiva Quadro da Água e com o Plano de Restauro da Natureza da União Europeia, aprovado em 2024 pelo Parlamento Europeu. Fonte.
  • A equipa responsável pela prevenção dos riscos ambientais nas instalações industriais mais perigosas de Inglaterra enfrenta uma crise de recrutamento, tendo um informador alertado para o facto de os incidentes ambientais não estarem a ser controlados. Fonte.
  • Na Grã-Bretanha, as explorações avícolas industriais enfrentam novas e duras regulamentações relativas à eliminação do estrume de galinha, depois de um juiz ter decidido que este pode ser classificado como resíduo e que é necessário um plano pormenorizado e transparente para o eliminar sem prejudicar o ambiente. A decisão foi tomada no momento em que os governos inglês e galês anunciaram um financiamento de 1 milhão de libras para investigar a poluição devastadora do rio Wye, em cuja bacia hidrográfica são criados 23 milhões de frangos. A degradação da qualidade das águas deste rio tem sido associada à criação intensiva de galinhas na bacia hidrográfica, devido ao espalhamento de estrume de aves de capoeira, que contém elevados níveis de fosfato, nos campos, que depois lixivia para o rio. Estudos demonstraram que 70% dos fosfatos na bacia hidrográfica do rio Wye provêm da agricultura, embora nem todos estejam relacionados com as galinhas. Um estudo recomendou uma redução de 80% do estrume de aves de capoeira na bacia hidrográfica do rio Wye para proteger o rio e apelou a uma redução do número total de aves e à exportação de estrume para fora da zona. Fonte.


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