- As 6 empresas portuguesas identificadas como potenciais compradoras de madeira russa e bielorrussa, que entra ilegalmente na União Europeia violando sanções impostas após a invasão da Ucrânia por Moscovo, foram fiscalizadas pelo ICNF, concluindo-se que o contraplacado de bétula se encontrava legal. Fonte. Pois claro. Há muito que se sabe que as empresas portuguesas são meninos do coro e que as russas são mafarricos.
- O Governo italiano foi condenado pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem pela sua inação face à descarga maciça de resíduos na região da "Terra do Fogo", entre Nápoles e Caserta, pondo em perigo a vida dos 3 milhões de pessoas que aí vivem. Pelo menos desde a década de 2000, têm-se registado alertas crescentes sobre a gestão mafiosa de resíduos tóxicos, despejados, enterrados e incinerados em terrenos privados. Na zona em questão, foram observadas taxas crescentes de cancro e de poluição das águas subterrâneas, tal como constatado pelo TEDH. Fonte.
- Os 3.000 funcionários do Gabinete Francês da Biodiversidade (OFB), incluindo 1.700 inspectores ambientais responsáveis pela aplicação da regulamentação ambiental, foram convocados para uma greve pelo seu sindicato. Dizem ter esgotado a paciência perante a crescente hostilidade dos agricultores que os faz temer pela sua segurança. Sublinham que estão a ser injustamente acusados de excesso de zelo porque o sindicato identificou 1.273 procedimentos relativos ao mundo agrícola em 2023, ou seja, uma média de 13 relatórios oficiais por ano e por departamento e que, a este ritmo, um agricultor francês é suscetível de ser inspecionado uma vez em cada 130 anos. Além disso, uma lei recente reforçou a autoridade do prefeito de departamento sobre os agentes do OFB, o que veio enfraquecer a sua ação, tendo os prefeitos, na sequência dos protestos agrícolas, pedido aos inspetores para abrandarem os controlos. O projeto de lei de finanças para 2025 é outra ameaça existencial para o organismo: deputados de direita pedem simplesmente a supressão do OFB, a pretexto de economias orçamentais. Fonte.
- A Suécia iniciou a construção da segunda instalação mundial de armazenamento a longo prazo de resíduos nucleares em Forsmark, cerca de 90 milhas a norte de Estocolmo, na Suécia. Este cemitério nuclear terá cerca de 40 milhas de túneis enterrados a mais de 1.600 pés de profundidade em rochas com uma idade estimada em 1,9 mil milhões de anos. Os engenheiros projetaram o local para conter 12.000 toneladas de combustível nuclear usado. O combustível será encerrado em cápsulas de cobre resistentes à corrosão, embalado em argila e enterrado. As autoridades esperam que o local comece a receber resíduos no final da década de 2030, e o encerramento final está previsto para cerca de 2080, quando o local atingir a sua capacidade. No entanto, o projeto enfrenta potenciais atrasos devido a preocupações de segurança. A MKG interpôs um recurso junto de um tribunal sueco, solicitando a realização de revisões adicionais da instalação, tendo destacado estudos que sugerem que as cápsulas de cobre podem corroer-se com o tempo, libertando potencialmente elementos radioativos nas águas subterrâneas. Fonte.
- Tropas do M23 entraram na cidade de Goma, e, após confrontos com o exército congolês, terão tomado o controlo de grande parte da cidade. Não há água corrente nem eletricidade na cidade e milhares de pessoas fugiram de Goma, muitas delas para o Ruanda. O M23 é apoiado pelo Ruanda, tendo celebrado um Memorando de Entendimento com a União Europeia para lhe fornecer minerais essenciais. O Ruanda tem estado a extrair ilegalmente ouro, cobalto e coltan do leste do Congo. Estes minerais são utilizados pelas filiais da Apple em França e na Bélgica. Apesar do papel do Ruanda, vários países ocidentais fornecem-lhe ajuda, acordos comerciais e financiamento militar. Os analistas chamam ao conflito uma "guerra de 30 anos de agressão e pilhagem pelos aliados dos EUA" - o Ruanda e o Uganda. Consequentemente, têm-se registado recentemente protestos em todo o país, com manifestações em universidades e em frente às embaixadas dos EUA, França, Uganda, Quénia e Ruanda, nações que os manifestantes acusam de cumplicidade no conflito de longa duração. Fonte.
- Grace Stanke, a Miss América 2023, iniciou uma digressão pela Austrália para promover a energia nuclear, apoiando uma campanha anti-eólica e anti-renováveis. Fonte.
- O Uruguai adjudicou 7 contratos a algumas das maiores empresas de energia do mundo para iniciar a prospeção de petróleo e gás nas suas águas atlânticas. Especialistas alertam para o facto de o os projetos estarem a pôr em perigo os meios de subsistência dos pescadores, a vida marinha e os objetivos climáticos do país. O Uruguai não tem história na exploração de hidrocarbonetos, pelo que nem sequer tem legislação adequada. Por isso, durante anteriores explorações as empresas aproveitaram-se, cumprindo apenas os requisitos mínimos. Outro ponto de discórdia é a posição do Uruguai como líder em energia limpa. Mais de 90% das necessidades energéticas do Uruguai são satisfeitas por fontes de baixo carbono e o país exporta o excedente de energia para os vizinhos Brasil e Argentina. O Uruguai também tem trabalhado para atingir os seus objetivos a longo prazo em matéria de hidrogénio verde. Fonte.
- A população do estado de Tamil Nadu festejou a sua vitória contra o gigante mineiro Vedanta Limited, depois de ter forçado o governo a retirar a autorização de exploração de tungsténio numa região sensível do ponto de vista ambiental e cultural. As forças de segurança tinham registado mais de 11.000 pessoas sob acusações criminais por protestarem contra o projeto. Fonte.
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