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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

MERUGE DENUNCIA DESCARGAS ILEGAIS NO RIO COBRAL E ACUSA AUTORIDADES DE INÉRCIA

Correio da Beira Serra

  • A Junta de Freguesia de Meruge acusou quatro fábricas de queijo situadas na Catraia de S. Romão/Carragosela, concelho de Seia, de realizarem aquilo que classifica como uma “criminosa descarga de efluentes industriais” no leito do Rio Cobral. A autarquia do concelho de Oliveira do Hospital critica ainda as diversas autoridades por não colocarem fim a este tipo de comportamento ilegal. “Está a acontecer neste preciso momento, mais uma criminosa descarga de efluentes…É um crime ambiental reiterado e impune há mais de 20 anos.” diz a JF. “Acabou a safra do Natal, os tanques das fábricas estão cheios, abrem-nos, pois sabem que têm as ‘costas quentes’ e, por isso, o crime compensa. Nem as autoridades municipais, nem os serviços do Ministério do Ambiente, nem as autoridades policiais travam esta manifestação de arrogância e desrespeito pelas mais elementares leis e regras de responsabilidade ambiental. Quem protege os prevaricadores? Quem licencia e não fiscaliza as fábricas de produção do denominado Queijo da Serra, feito com leite importado de vários países? As entidades oficiais, Câmara de Seia, Ministério do Ambiente, GNR, APA e outras entidades não podem ignorar esta reiterada e gravosa poluição dos prados, dos lençóis freáticos e das margens do Rio Cobral, que põe em risco a saúde e a qualidade de vida das populações ribeirinhas das localidades de Torrozelo, Várzea de Meruge e Meruge”, refere um comunicado daquela autarquia. Sublinhando que têm sido realizados inúmeros abaixo-assinados, visitas de grupos parlamentares, moções nas assembleias municipais e relatórios (inócuos) da APA e de outras entidades denunciando a situação e exigindo medidas, a Junta de Freguesia frisa que “nada trava os criminosos que recorrentemente abrem as comportas dos seus tanques de retenção das águas excedentes da produção de queijo para o Rio Cobral”. “Os governos e as autoridades têm mão pesada para quem ‘rouba um pão’ num supermercado por ter fome, mas são complacentes com aqueles que, do cimo do seu poder económico, agem fora da lei, absolutamente impunes”, acusa. A Junta de Freguesia de Meruge tem defendido soluções para o problema, propondo a construção de uma ETAR colectiva (para todas as fábricas), dotada dos mais modernos métodos de tratamento de efluentes lácteos. “Têm de ser as autoridades municipais e governamentais a impor a solução aos industriais. Enquanto isso não acontecer, prevalecerá a prática das descargas ilegais no Rio Cobral, com a impunidade dos industriais garantida pelos poderes institucionais. Somos um Estado de Direito. Temos de agir como tal. A Freguesia de Meruge mobilizará todos os seus cidadãos e a sua influência para denunciar esta iniquidade”, conclui a missiva. Fonte.
  • GEOTA questiona elevado número de centrais solares planeadas para o Alqueva. Fonte.
  • O governo aprovou a exclusão de 32,7 hectares de terreno do perímetro florestal da Alva de Pataias para permitir o alargamento da zona industrial em mais 20 lotes e a instalação da CODAN, uma multinacional dinamarquesa que produz instrumentos médicos. Numa segunda fase deverá ser desafetada uma nova parcela de terreno, totalizando as duas exclusões do regime florestal uma área total de cerca de 53 hectares. Fonte. Estes bem informados, espertos investidores não perderam tempo perante a publicação da nova lei dos solos...

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