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sábado, 7 de dezembro de 2024

BICO CALADO

  • "A preparação militar do golpe é feita, do meu ponto de vista, à margem dos Nove. E é feita sob o comando do Ramalho Eanes. Isto é, para entendermos o que é o 25 de Novembro, é um golpe conduzido do exterior, um golpe dos Estados Unidos e é um golpe dentro da sequência - da estratégia - que os Estados Unidos tinham. (…) Os Estados Unidos orientam toda a sua ação em termos internacionais até hoje por dois vetores: a teoria do alinhamento ou da lealdade. Isto é, em que medida é que cada um dos Estados é leal e está alinhado com a política dos Estados Unidos? Este é um ponto. O outro é o da contenção. Eu tenho de estar onde o inimigo quer estar e tenho de o impedir. É com estes dois vetores que os Estados Unidos interveem em Portugal. A primeira ação em que os Estados Unidos revelam as grandes preocupações têm com Portugal aconteceu em outubro de 1974. Quinze dias depois da demissão de Spínola. É uma reunião que é realizada em Washington, onde está o Henry Kissinger, de um lado, e do outro o Presidente Costa Gomes, acompanhado por Mário Soares enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros. É a célebre conversa em que o Kissinger diz a Mário Soares: 'O senhor vai ser o Kerensky português' e Mário Soares responde: 'Mas eu não quero ser o Kerensky.' E o Kissinger volta responder: 'Mas o Kerensky também não queria ser o Kerensky." Carlos Matos Gomes, Que direitos naturais a mais foram adquiridos no 25 de Novembro? Nenhum!TSF.

  • “(…) Legitimamente bem merece o epíteto de “pai da Democracia” e, no entanto, não gostei nada da forma como andou de braço dado com um confesso espião da CIA (Carlucci) para torpedear o PREC e, nos tempos seguintes, tanto contribuiu para um atávico preconceito anticomunista em muitos militantes do partido. (…)” Jorge Rocha. Remexendo memórias.
  • Neste estudo, Eugénio Rosa analisa os orçamentos de 2023, 2024 e 2025 do SNS com a execução, mostrando que os valores da execução dos 2 primeiros são muito superiores aos dos orçamentos, com saldos negativos enormes. Mesmo o de 2025, de Montenegro, começa um saldo negativo de 217 milhões €, que certamente terminará com o dobro ou triplo. São autênticos orçamentos fictícios para enganar a opinião publica e os próprios profissionais, que desresponsabilizam os gestores porque eles sabem que são orçamentos para não cumprir e geram custos mais elevados, ineficiências e têm efeitos dramáticos para os profissionais de saúde e para a população.
  • “Trump ameaçou impor tarifas de 25% sobre produtos vindos do Canadá e do México em retaliação à imigração ilegal, bem como ao "crime e às drogas" que entram nos EUA através das fronteiras com os dois países. Muito aflito, Trudeau telefonou a Trump choramingando: isso poderia arruinar a sua pobre nação. Então marcaram um encontro e Trudeau voou para Mar-a-Lago. Trump sugeriu que o Canadá poderia tornar-se o 51º estado dos EUA. Na verdade, o Canadá sempre foi tratado como uma província britânica e assim, tornar-se em mais um Estado dos EUA acabaria talvez por ser uma promoção em vez de um castigo.” António Gil, O 51º Estado? Sim, se não contarmos com Porto Rico e o HaitiSubstack.
  • À medida que as forças da oposição síria, lideradas pelo Hayat Tahrir al-Sham, afiliado da Al-Qaeda, intensificam a sua ofensiva para conquistar mais território depois de terem capturado Alepo, Washington distanciou-se do ataque - uma reviravolta notável, tendo em conta o seu apoio de longa data ao armamento dos chamados grupos "rebeldes moderados" baseados em Idlib. A administração Obama injetou milhares de milhões numa operação secreta (Timber Sycamore) destinada a derrubar o governo de Bashar al-Assad. A extensão total da cumplicidade de Washington foi posta a nu quando Jake Sullivan, então subchefe de gabinete, enviou uma mensagem a Hillary Clinton em 2012 dizendo: A Al-Qaeda "está do nosso lado na Síria". Fonte.

  • "'Os meus colegas falaram-me sobre isso', diz. Isso: o que sofreram depois de serem detidos por Israel. 'Puseram lápis nos seus pénis, bateram nos órgãos genitais de médicos e enfermeiros, para que ficassem inférteis', relata. 'Foram espancados, despidos, algemados, e foram postos numa vala, com bulldozers a dirigirem-se para lá para simular um enterro iminente... para que achassem que iam ser enterrados vivos.'" Javid Abdelmoneim, entrevistado por Maria João Guimarães para o Público de 5dez2024. Capa do Público: “Genocídio é o que Israel está a cometer em Gaza, diz a Amnistia Internacional”. “É um genocídio, dizem eles’ titula Sónia Sapage no editorial. Atenção, cuidado: não é o Público que diz, são os outros. Não comprometam o Público! O Público não toma partido. Neste problema. Porque quando foi das eleições nos EUA, não hesitou em tomar abertamente o partido dos Democratas.
  • Os verdadeiros vilões, Caitlin Johnstone – Substack.
  • E agora quem segurará a vida dos CEOs das seguradoras? E quem assegurará que as máscaras não representam um perigo mortal? António Gil, Substack.
  • Lucros agregados da banca subiram 19% face ao mesmo período do ano anterior. Fonte.


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