domingo, 9 de junho de 2024

ADIADO O ARRANQUE DA EMPRESA METROPOLITANA DE TRANSPORTES DO PORTO

Kacper Pempel/Reuters
  • Ainda não há uma data para o início do funcionamento da Empresa Metropolitana de Transportes do Porto, que vai gerir a operação da Unir. Na reunião do Conselho Metropolitano do Porto de ontem [7 junho 2024] não foi possível avançar com o processo, pela ausência de vários autarcas. Faltou toda a direção: o presidente (autarca de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues) e os dois vice-presidentes (autarca de S. João da Madeira, Jorge Sequeira; e o da Trofa, Sérgio Humberto, candidato às europeias). Acresce que 5 dos 17 municípios nem se fizeram representar. À conta disso, teve que se mexer nos regulamentos para apurar quem deveria presidir à reunião. Calhou ao presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, por ser, entre os presentes, o presidente de Executivo com mais eleitores. JN 8jun2024.
  • “(…) Portugal inteiro está à venda a troco de €25 mil milhões, 9,5% do PIB, o valor do turismo no ano passado. Veja-se o pesadelo planeado para a costa alentejana, de Tróia a Melides, (...) ou as 100 mil camas ainda para serem construídas no Algarve. Tudo isto num país ameaçado por faltas de água contínuas e cada vez mais severas, com arribas a desabarem pelo excesso de construção, praias saturadas, hospitais públicos sem capacidade de resposta, mão-de-obra estrangeira amontoada em contentores ou pardieiros e os serviços públicos inoperacionais. Eu não defendo o fim do turismo, eu defendo, desde há muito, o que todos prometem e logo esquecem: menos turistas, mais qualidade, mais respeito pela paisagem e pelos recursos naturais, e, como resultado, iguais ou maiores receitas. Mas em Portugal, quando um negócio dá dinheiro, não há limites que não a ambição e a ganância de todos e de cada um. Ninguém estuda, ninguém planeia, ninguém mede as consequências adiante, apenas os lucros a curto prazo. Por isso, primeiro vemos os lisboetas expulsos da sua própria cidade. Depois, vai ser preciso inventar outro país para onde os portugueses possam fugir. (…)” Miguel Spusa Tavares, Lisboa, cidade perdida – Expresso 7jun2024.

Sem comentários: