BICO CALADO

• De acordo com o linguista e ativista político americano Noam Chomsky, os media funcionam através de 5 filtros: propriedade, publicidade, elite dos media, críticas e o inimigo comum.

• José Manuel Coelho chama imprensa para a criticar durante campanha onde anda sozinho e não fala com ninguém. O Minho.

• “No debate entre Mortágua e Ventura, a líder do Bloco acusou Ventura de ter estado numa Comissão Parlamentar de Inquérito ao serviço dos privados que são acionistas dos CTT e que financiam o Chega. Não há acusação mais grave a um deputado. Nada é comparável: nem os deputados faltosos, nem mesmo a indicação de residência em Angola para ganhar abonos do Parlamento. Esta é a acusação de corrupção da democracia – o deputado não representa os cidadãos que nele votaram, mas antes interesses particulares em troca de dinheiro para o partido. Pois, por esses mesmos dias, a acusação a Ventura morreu na praia e as televisões entenderam que a polémica interessante era a ‘avó da Mariana’”. Ana Drago, Pode escolher a cor desde que seja laranja – DN 2mar2024.

• 50 pessoas foram acusadas de criar e alimentar um esquema para comprar lugares nas turmas de caloiros de Yale, Stanford e outras universidades de renome. 33 pais abastados foram acusados no caso, incluindo celebridades de Hollywood e proeminentes líderes empresariais. Também foram implicados treinadores desportivos universitários de topo, acusados de aceitarem milhões de dólares para ajudarem a admitir estudantes sem mérito numa grande variedade de faculdades, desde a Universidade do Texas em Austin até Wake Forest e Georgetown, sugerindo que eram atletas de topo. No centro do vasto caso de crime financeiro e fraude estava William Singer, o fundador de uma empresa de preparação para o ensino superior chamada Edge College & Career Network, também conhecida como The Key. Singer utilizou a The Key e a Key Worldwide Foundation, com sede em Newport Beach, Califórnia, para ajudar os estudantes a fazer batota nos seus testes padronizados e para pagar subornos aos treinadores que os conseguiam colocar na faculdade com credenciais atléticas falsas. Singer utilizou a The Key como fachada, permitindo aos pais depositarem dinheiro numa conta sem terem de pagar quaisquer impostos federais. Singer fabricou perfis atléticos de estudantes para apresentar com as suas candidaturas, que incluíam equipas em que os estudantes não tinham jogado e prémios que não tinham ganhado. Segundo as autoridades, alguns pais forneceram fotografias encenadas dos seus filhos em atividades desportivas. Os colaboradores de Singer também fizeram photoshopping dos rostos dos candidatos em imagens de atletas encontradas na Internet. Jennifer Medina, Katie Benner and Kate Taylor, NYTimes 12mar2019.