sábado, 2 de março de 2024

BICO CALADO

  • “(...) Homens e mulheres jovens alistam-se nas forças armadas por muitas razões, mas a fome, os bombardeamentos e a morte de mulheres e crianças geralmente não estão entre elas. Não deveria, num mundo justo, a frota dos EUA quebrar o bloqueio israelita a Gaza para fornecer alimentos, abrigo e medicamentos? Os aviões de guerra dos EUA não deveriam impor uma zona de exclusão aérea sobre Gaza para deter os bobardeamentos constantes? Não deveria ser emitido um ultimato a Israel para retirar as suas forças de Gaza? Não deveriam ser interrompidos os carregamentos de armas, os milhares de milhões de dólares em ajuda militar e informações fornecidas a Israel? Não deveriam aqueles que cometem genocídio, bem como aqueles que apoiam o genocídio, ser responsabilizados? (...)  Estas questões simples são aquelas que a morte de Bushnell nos obriga a enfrentar. As forças da coligação intervieram no norte do Iraque em 1991 para proteger os Curdos após a primeira Guerra do Golfo. O sofrimento dos Curdos foi enorme, mas ofuscado pelo genocídio em Gaza. Foi imposta uma zona de exclusão aérea para a força aérea iraquiana. Os militares iraquianos foram expulsos das áreas curdas do norte. A ajuda humanitária salvou os Curdos da fome, de doenças infeciosas e da morte por exposição. Mas isso foi noutro tempo, noutra guerra. O genocídio é mau quando é perpetrado pelos nossos inimigos. É defendido e sustentado quando executado pelos nossos aliados. (...)Chris Hedges, A divina violência de Aaron BushnellSheerpost.
  • Primeiro foi Corbyn. Agora todo o público britânico está a ser difamado em relação a Gaza. Sob o pretexto do medo pela segurança dos deputados, o líder trabalhista Keir Starmer ajudou os conservadores no poder a pintar como vilões qualquer pessoa que se oponha ao massacre de crianças em Israel. JONATHAN COOK, MEM.
  • O organismo antifraude da UE, OLAF, está a investigar alegações de "má conduta grave" por parte de funcionários do Banco Europeu de Investimento sobre um empréstimo de 200 milhões de euros concedido ao aeroporto de Budapeste em 2018. Alega-se que o financiamento menosprezou normas sociais e ambientais do BEI e que ex-vice-presidente do BEI, Vazil Hudák, teria manipulado os critérios durante o processo de avaliação do empréstimo e, por causa disso, teria obtido benefícios pessoais. Mas o que tornou tão controverso o apoio contínuo do BEI ao projeto foi o anúncio da transferência de Hudák para um cargo no conselho executivo do Aeroporto de Budapeste em Janeiro de 2020, três meses depois de ter deixado o seu cargo na instituição sediada no Luxemburgo, contrariando as regras internas do banco que determinavam que os vice-presidentes deveriam tirar 12 meses de licença para jardinagem antes de mudarem para qualquer função que levantasse um potencial conflito de interesses. MARI ECCLES e FEDERICA DI SARIO, Politico.
  • Os EUA tomaram medidas para bloquear o acesso de carros e camiões chineses ligados à Internet ao mercado automobilístico americano, incluindo veículos elétricos (VEs), alegando ameaças à segurança. Este é o primeiro passo no sentido de impedir que os VEs chineses de baixo custo tirem do mercado os fabricantes de automóveis nacionais. Jim Tankersley, The New York Times.

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