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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Bico calado

Carlos Latuff, Normalização do genocídio. 'Romper com Israel? Era o que faltava!'

  • Militares dos EUA estão a fornecer armas secretamente para Israel usando abase do Reino Unido em Chipre. MATT KENNARD e MARK CURTIS, Declassified UK.
  • As gigantescas corporações do Reino Unido apoiadas pelo governo – BP e BAE Systems – estão a capitalizar contratos lucrativos com Israel enquanto este mata milhares de palestinianos. JOHN MCEVOY, Declassified UK.
  • "Israel enfrenta agora um problema muito grande. As suas tropas invadiram o Hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza, e revistaram-no de cima a baixo, à procura dos alegados túneis e do centro de operações do Hamas. Não encontraram nenhum." Hal Turner, RI.
  • "63% dos deputados do Reino Unido votaram a favor da invasão ilegal do Iraque em Março de 2003. 98% votaram a favor do bombardeamento da Líbia em Março de 2011. Agora, 80% apoiam ou abstêm-se na votação para bombardear Gaza em Novembro de 2023. Quando é que começamos a falar sobre a Oligarquia Britânica?" Mark Curtis.

  • “(...) Claro que as ‘cunhas’ e os favores, são como tudo numa sociedade em que alguns mandam e outros são desprovidos de qualquer poder, desiguais e muito injustos. Veja-se como as ‘cunhas’ dos ricos, aquelas que este processo retrata, usam meios poderosos, no qual avultam as consultoras e os grandes escritórios de advogados de negócios. O que faz o sucesso dos grandes escritórios de advogados, sempre os mesmos, é o acesso ao poder. Eles conhecem muito bem as pessoas, os caminhos, as vantagens e dificuldades. Num certo sentido, eles são os ‘melhores amigos’ de ministérios, secretarias de Estado, autarquias, chefes de gabinete, directores-gerais, entidades reguladoras, toda a gente que conta. Conhecem-nos pessoalmente, têm os seus números de telefone pessoais, sabem com quem devem falar para ‘desbloquear’ um ‘problema’ e fazem-se pagar a preço de ouro. Quando uma grande empresa internacional quer fazer um vultuoso investimento em Portugal, sabe também com que escritórios de negócios falar. (...) os mesmos escritórios são também os escolhidos pelo Estado, sem qualquer concurso público, para darem apoio jurídico. Os governos actuam assim neste duplo sentido – são sujeitos e são objecto. Pelos vistos, gerou um pequeno escândalo dentro do escândalo mais geral que um diploma tenha sido feito por um desses escritórios por conta da empresa envolvida, quando vários diplomas são feitos por esses mesmos escritórios por encomenda de ministérios e secretarias de Estado. É m negócio de milhões, muito pouco escrutinado, é o sistema de ‘cunhas’ dos que têm muito dinheiro e muitos interesses para acautelar, é o sistema de ‘cunhas” dos muito ‘ricos’. Por debaixo desse sistema milionário de “cunhas” está todo um sistema de favores dos mais remediados e pobres que não tem estes meios, mas que também se movem no acesso ao poder político. Já escrevi e repito que, na Assembleia, quando todo o Governo está presente e há um intervalo, ou acabam os trabalhos, há um certo número de deputados que se dirigem à bancada para falarem com membros do Governo. O que fazem é levar um ‘problema’ da sua terra mediado pelos conhecimentos do partido local, da sua autarquia, de uma qualquer coletividade, que querem ver resolvido. (…)’ José Pacheco Pereira, As cunhas de cima e as cunhas de baixo.

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