sábado, 14 de outubro de 2023

Paineis solares em 1905...

  • Se o primeiro empreendedor solar não tivesse sido raptado, será que os combustíveis fósseis teriam dominado o século XX da forma que dominaram? Em 1905, o canadiano George Cove inventou painéis solares domésticos muito semelhantes aos atuais. Eles até tinham uma bateria rudimentar para manter a energia funcionando quando o Sol não estava brilhando. O projeto teve sucesso e Cove criou a Sun Electric Generator Corporation, sedeada em Nova Iorque, valorizada em 5 milhões de dólares (cerca de 160 milhões de dólares em valores atuais). A revista Modern Electric sublinhava como “com dois dias de sol… [o dispositivo] armazenará energia elétrica suficiente para iluminar uma casa comum durante uma semana”. Observava como a energia solar barata poderia libertar as pessoas da pobreza, “trazendo-lhes luz, calor e energia baratas, e libertando a multidão da luta constante pelo pão”. O artigo continuava especulando como até mesmo os aviões poderiam ser movidos por baterias carregadas pelo sol. Entretanto, uma reportagem do The New York Herald de 19 de outubro de 1909, dava conta de que Cove fora sequestrado. A condição para sua libertação exigia a renúncia à patente solar e o encerrntretanto, Thomas Edison electrocutava cavalos, animais de quinta e até um ser humano no corredor da morte, usando a corrente alterna do seu rival Nikola Tesla para mostrar como era perigosa, e daí concuir-poder concluir-se que a tecnologia de Edison, a corrente contínua, era melhor. A Sun Electric da Cove, com a sua energia solar fora da rede, teria prejudicado o argumento comercial de Edison para a construção da rede de energia elétrica alimentada a carvão. Sugandha Srivastav, The Conversation.
  • A Comissão Europeia parece ter arquivado indefinidamente uma prometida revisão do seu regulamento REACH sobre segurança química, recusando-se a dar ao Parlamento uma indicação clara de quando a proposta será apresentada, se for o caso. Frédéric Simon, EURACTIV.
  • Von der Leyen ignora as vítimas de produtos químicos tóxicos reunidas na Comissão Europeia. Aconteceu em 11 de outubro passado, quando um grupo de vítimas de produtos químicos tóxicos se reuniu na Comissão Europeia para protestar contra a falta de ação nesta matéria e pedir a proibição de todos os produtos químicos perigosos e um melhor apoio às vítimas. Fonte.
  • Os lóbis agrícolas têm estado em contacto constante com um pequeno grupo de políticos europeus influentes, realizando uma média de mais de duas reuniões por semana enquanto se negociava reformas emblemáticas para proteger a natureza e o clima. Entre janeiro de 2020 e julho de 2023, realizaram-se mais de 400 reuniões entre a indústria e os principais eurodeputados que têm estado na vanguarda dos esforços para travar as reformas desde que a estratégia do Prado ao Prato foi lançada em 2020. Durante aquele período, 6 eurodeputados do Partido Popular Europeu os legisladores – Alexander Bernhuber, Herbert Dorfmann, Norbert Lins, Christine Schneider, Franc Bogovič e Anne Sander – reuniram-se com grupos ligados à indústria oito vezes mais frequentemente do que grupos não governamentais que representam interesses públicos. Os grupos que receberam audiência incluíram as 4 maiores empresas de pesticidas do mundo, - Bayer, BASF, Corteva e Syngenta -, juntamente com as empresas de fertilizantes Yara e OCP Group, que representam a indústria de carne e laticínios e sindicatos agrícolas aliados a interesses industriais, como a Copa Cogeca. Cinco em cada seis representantes terão desrespeitado as diretrizes de transparência da UE. Cerca de 20% das reuniões dos eurodeputados decorreram com grupos não registados e pelo menos uma em cada seis reuniões não foi declarada no website parlamentar. Clare Carlile, Desmog.
  • O México está a processar o maior produtor de cobre do país, tentando forçar um novo esforço de remediação para um derrame tóxico de uma mina no estado de Sonora, no norte do país, há 9 anos. O processo centra-se no financiamento de remediação para oito municípios poluídos em Sonora. DANIEL SHAILER, AP.

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