Mariana Mortágua visitou a Praia Formosa, local onde o grupo Pestana e o Grupo AFA pretendem construir dois complexos imobiliários com 600 apartamentos de luxo.
O Bloco de Esquerda afirmou que vai tomar iniciativa no Parlamento Regional para tentar travar este atentado. É um ataque ambiental porque vai ser destruída a pouca zona de costa livre que existe no Funchal e porque vai ser sobrecarregada toda a rede de resíduos e de esgotos que já não tem capacidade, o que pode, por exemplo, levar a descargas no mar do excesso de esgotos, explicou a coordenadora do BE.
Mariana
Mortágua apontou ainda que se trata de um atentado social na medida porque esta
é uma das poucas zonas que os habitantes do Faial ainda podem visitar e
utilizar sem pagar. Por outro lado, estamos perante um ataque imobiliário, já
que neste espaço de costa vão ser construídos mais apartamentos de luxo, com
preços a começar nos 500 mil euros, “do que o Programa de Recuperação e
Resiliência prevê para toda a região da Madeira a custos acessíveis”,
acrescentou.
A Unidade de execução da praia Formosa prevê a edificação de dois projetos imobiliários em terrenos baldios em 4 anos e meio, podendo estender-se excecionalmente até o máximo de 10 anos. Segundo a Câmara Municipal do Funchal, os privados cederam 38 mil metros quadrados na linha da frente para jardim e passeio públicos e todas as infraestruturas, incluindo um parque de estacionamento com 600 lugares, serão realizadas pelos mesmos. A autarquia indicou também que nenhuma zona da praia, com cerca de 1.000 metros, ficará interdita à população.
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