quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Apenas 1% dos resíduos têxteis na Europa é reciclado

  • Apenas 1% dos resíduos têxteis na Europa é reciclado. Por exemplo, os sapatos são compostos por vários materiais difíceis de separar, como poliéster, espuma e couro, e por isso são particularmente difíceis de reciclar. Mas em Hendaye, no sudoeste da França, a Cetia pode remover automaticamente a sola de um sapato. “Esta máquina utiliza um sensor infravermelho para detetar com bastante precisão o material da roupa – seja 80% algodão, 20% poliéster ou 50/50”, diz Chloé Salmon Legagneur, diretora da Cetia. “Isso permite-nos detetar isso e reunir todos os materiais que têm a mesma composição na lixeira certa”, explica. A máquina da Cetia utiliza tecnologia infravermelha para reconhecer a cor e a composição do tecido quando há dois materiais misturados. As peças selecionadas passam por outra máquina que separa os “pontos duros” – como zíperes e botões – do tecido. Mais adiante no corredor, outra máquina de corte a laser garante que o tecido não seja danificado ao ser separado de outros componentes. Outra máquina alimentada por inteligência artificial pode distinguir um bolso de uma gola ou uma manga de uma calça. Este equipamento de última geração custa quase 2 milhões de euros. AFP/Euronews.
  • O Parlamento Europeu aprovou metas juridicamente vinculativas para expandir as energias renováveis ​​mais rapidamente nesta década, aumentando a meta para a quota de energias renováveis ​​do bloco de 30% para 42,5% até 2030. A quota atual de energias renováveis ​​no cabaz energético da UE é de 22,1%, o que significa praticamente duplicar essa quota até 2030, principalmente com capacidade adicional de energia eólica e solar. Frédéric Simon, EurActiv.
  • A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que vai abrir uma investigação para apurar se a China está a conceder ajudas ilegais à produção de veículos eléctricos, por considerar que se trata de uma “prática injusta” que distorce o mercado automóvel da UE. Refira-se que muitos fabricantes ocidentais estabeleceram as suas fábricas na China para produzir lá veículos eléctricos. Antonio Barrero F., Energías Renovables. Esta lacaia do capitalismo tem a ousadia de por em causa as leis do mercado? É burra u faz-se?
  • Os EUA são responsáveis ​​por mais de um terço da expansão da produção global de petróleo e gás planeada para meados do século, de acordo com uma nova análise do Oil Change International. Os EUA são seguidos pelo Canadá, Rússia, Irão, China e Brasil, todos com grandes planos de expansão nos próximos anos. Os países do Norte global – os EUA, o Canadá, a Austrália, a Noruega e o Reino Unido – serão responsáveis ​​por pouco mais de metade de toda a expansão planeada de novos campos de petróleo e gás até 2050. Fiona Harvey, The Guardian.
  • O número de mortos no nordeste da Líbia, atingido pelas enchentes, continua a aumentar, com pelo menos 5.300 pessoas consideradas mortas e 10.000 desaparecidas depois que fortes chuvas causaram o colapso de duas barragens, relata a CNN. Embora o meio de comunicação afirme que não pode verificar os números de forma independente, atribui-os a funcionários do Ministério do Interior do governo oriental da Líbia e à delegação da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho na Líbia. A Arab News, com sede na Arábia Saudita, descreve como “as cheias destruíram barragens e destruíram bairros inteiros” na cidade de Derna. Afirma que a “morte e devastação surpreendentes” causadas pela tempestade mediterrânica Daniel se deveu à intensidade da tempestade, mas também à vulnerabilidade de uma nação dividida por governos rivais e “dilacerada pelo caos durante mais de uma década”. Este conflito “deixou o país rico em petróleo com uma infra-estrutura enfraquecida”, segundo a Al Jazeera.
  • Ativistas ambientais morreram a uma média de um dia sim, dia não em 2022, revela um relatório da Global Witness. A Colômbia foi o país mais mortífero registrando 60 assassinatos e um quinto dos 177 assassinatos registados ocorreu na floresta amazónica. Pelo menos 1.910 defensores ambientais foram mortos entre 2012 e 2022, segundo a Global Witness, com a maioria dos assassinatos impunes. Brasil, México, Honduras e Filipinas foram os países mais mortíferos em 2022, depois da Colômbia. Patrick Greenfield, The Guardian.

  • “Fui ler as quase seis dezenas de páginas da declaração final da Cimeira do BRICS, (onde China, Rússia, Brasil, Índia mais África do Sul anunciaram a entrada nesse clube de outros seis países) e do documento similar da Cimeira do G20 (que confirmou a entrada da União Africana nesse grupo). (...) A palavra que aparece mais vezes escrita nos dois documentos é "desenvolvimento" (100 vezes no BRICS, 114 no G20), e em ambos os textos essa palavra surge quase sempre associada à palavra "sustentável". Outra preocupação comum é manifestada pela expressão "alterações climáticas" (22 vezes no papel do BRICS, 31 no G20), mas enquanto o primeiro documento enfatiza a necessidade de os países mais desenvolvidos cumprirem a promessa de financiarem os países mais pobres na transição energética para fontes mais limpas (caso contrário continuarão a usar combustíveis fósseis para, literalmente, "impedir a fome"), o segundo aceita esse repto, mas realça várias propostas de políticas de financiamento mundial, público e privado, para o hidrogénio verde, para o nuclear dito "limpo" e para outros negócios energéticos alternativos - no G20 fala-se num investimento mundial de 4 biliões de dólares. Todos se comprometem a recuperar o atraso no combate ao aumento da temperatura do planeta, mas os países do BRICS recusam que os estados mais pobres sejam vítimas de políticas que limitam o comércio internacional, impostas pelos países mais desenvolvidos a pretexto da proteção ambiental.(...)” Pedro Tadeu, Alguém leu as conclusões do BRICS e do G20?DN13set2023.
  • Consulta pública até 11 de outubro - Nova central a biomassa da Caima, para substituir a central de biomassa existente, que vai ser desativada, em Constância. 
  • O Reino Unido não conseguiu proibir 36 pesticidas cujo uso não é permitido na UE, pois os ativistas dizem que está a tornar-se o “garoto-propaganda tóxico da Europa”. Helena Horton, The Guardian.

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