JMJ em Lisboa:
“voaram” 614 mil euros para reforço da limpeza durante três semanas, mas o lixo
nem aumentou. Enquanto a autarquia de Loures tratou do lixo da Jornada Mundial
da Juventude (JMJ) com a “prata da casa”, o município liderado por Carlos
Moedas decidiu contratar a “peso de ouro” três centenas de cantoneiros a uma
empresa de trabalho temporário, e durante quase três semanas. Custo total da
operação: 614.119,32 euros, IVA incluído.
O contrato com
a Talenter só foi divulgado um dia depois do fim da JMJ, mesmo se começou no
dia 24 de Julho, terminando formalmente na passada sexta-feira. Ou seja, um contrato
de 19 dias, apesar do evento apenas se ter realizado durante 6 dias. Contudo, a
empresa refere na sua página do Facebook – onde colocou dois posts sobre este
contrato, nos dias 1 e 3 de Agosto – que disponibilizou 400 trabalhadores, contratados,
cada um, a 108 euros por turno diário, correspondendo a quase 13,5 euros por
hora.
Significa
assim que o custo total deste reforço da limpeza urbanos rondou os 32.315 euros
em cada dia, pelo que se o fornecimento de trabalhadores se tivesse registado
apenas em 7 dias – visto que após o regresso do Papa ao Vaticano houve uma
debandada geral de peregrinos –, o custo para o erário público apenas atingiria
os 226 mil euros – porquanto, quase 390 mil euros a menos.
A Valorsul veio entretanto dizer que não houve aumento do fluxo de lixo indiferenciado, e apenas um crescimento de 11 toneladas de plástico e metais nos ecopontos.
Sem comentários:
Enviar um comentário