segunda-feira, 29 de maio de 2023

Bruxelas: Greenpeace protesta contra acordo UE-Mercosul

  • Cerca de 20 ativistas da Greenpeace concentraram-se em frente ao edifício que acolhe a reunião dos ministros europeus do Comércio, tendo cinco deles subido à fachada para colocar cartazes pedindo que se “pare com o acordo UE-Mercosul”. Segundo a Greenpeace, este acordo é um desastre para a natureza, para os agricultores e para os direitos humanos. “O acordo UE-Mercosul ameaça aumentar o comércio de carne de vaca barata, peças de automóveis e pesticidas tóxicos, mesmo aqueles cuja utilização é proibida na Europa”, critica a Greenpeace, apelando a que os ministros europeus do Comércio impeçam a Comissão Europeia de levar por diante este acordo tóxico. O acordo comercial da UE com os países do Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – foi estabelecido pelas partes em 2019, altura em que foram concluídas as negociações, mas a sua ratificação está paralisada por causa das reservas ambientais colocadas por diversos Estados-membros, principalmente de França. Notícias ao minuto. Notícias ao minuto.
  • A invasão da Ucrânia alimentou o boom do financiamento das energias renováveis. A Agência Internacional da Energia diz que o investimento atingirá 1,7 mil milhões de dólares este ano, muito à frente dos combustíveis fósseis. Jillian Ambrose, The Guardian.
  • A Shell vai pagar 10 milhões de dólares à Pensilvânia por ter violado as normas estatais de qualidade do ar. Reid Frazier, State Impact.
  • A Câmara Municipal de Arlington licenciou uma nova zona de perfuração e fraturação hidráulica numa área residencial, apesar das objeções dos vizinhos do subúrbio do Norte do Texas. A votação de terça-feira marcou uma grande vitória para a gigante francesa da energia TotalEnergies e para a sua filial no norte do Texas, a Total E&P Barnett USA, que tentaram e falharam repetidamente nos últimos anos para conseguir a criação de novas zonas de perfuração em Arlington. Dylan Baddour e Martha Pskowski, ICN.
  • O Export-Import Bank of the United States e a Development Finance Corporation (DFC) anunciaram um financiamento de até 3 mil milhões de dólares e mil milhões de dólares, respetivamente, para a instalação de pequenos reatores modulares (SMR) dos EUA na Polónia. Os SMRs - projetos mais pequenos e uniformes destinados a serem produzidos em fábrica para reduzir os custos da energia nuclear - beneficiaram do apoio do Congresso e do interesse inter-agências na administração Biden. Este facto vem na sequência da inversão, por parte da administração Trump, de uma antiga proibição de financiamento pelo DFC das exportações de energia nuclear dos EUA. Matt Bowen e Sagatom Saha, Energy Policy.
  • A Westinghouse e a Bechtel vão formar um consórcio para conceber e construir a primeira central nuclear comercial da Polónia, na província da Pomerânia, no norte do país. David Dalton, NUCNET.
  • As pretensões da Petrobras para explorar petróleo na região da foz do Amazonas não levantam dúvidas apenas entre os analistas técnicos do IBAMA no Brasil. “Se acontecer um acidente com petróleo e isso chegar aqui, a gente não vai ter o que comer. Aqui ninguém congela comida, a gente sai para pescar todo dia, e esse é nosso alimento”, disse o indígena Yves Tiouka, que vive a cerca de 200 km da capital do território francês, Cayenne. As projeções feitas até o momento indicam que, na eventualidade de um derrame de petróleo, o litoral da Guiana Francesa seria atingido em menos de 48 horas. Esse é quase o mesmo período de tempo que levaria a Petrobras a iniciar as ações de contenção de danos, o que significa um risco significativo de que o território vizinho seja afetado. A Guiana Francesa não explora petróleo e não possui um plano de contenção em larga escala em caso de maré negra. Para piorar, boa parte do litoral do território francês é composta por áreas de mangues, o que inviabiliza qualquer ação protetiva. “Em caso de acidente, o problematornar-se-ia internacional e entraria na área europeia, que tem leis bastante específicas. Do ponto de vista geopolítico e de conservação, isso pode ser negativo para o Brasil, que vem trabalhando para reaver uma atuação positiva no meio ambiental”, observou o pesquisador Marcelo Soares. Esses riscos não são desconhecidos e nem estavam fora do radar da Petrobras. Até porque o mesmo IBAMA já tinha vetado o licenciamento de uma área nas proximidades do bloco atual em 2018, na época em que o empreendimento ainda estava sob responsabilidade da petrolífera francesa Total. Célia Mello, ClimaInfo.

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