Bruxelas: Greenpeace protesta contra acordo UE-Mercosul
- Cerca de 20
ativistas da Greenpeace concentraram-se em frente ao edifício que acolhe a
reunião dos ministros europeus do Comércio, tendo cinco deles subido à fachada
para colocar cartazes pedindo que se “pare com o acordo UE-Mercosul”. Segundo a
Greenpeace, este acordo é um desastre para a natureza, para os agricultores e
para os direitos humanos. “O acordo UE-Mercosul ameaça aumentar o comércio de
carne de vaca barata, peças de automóveis e pesticidas tóxicos, mesmo aqueles
cuja utilização é proibida na Europa”, critica a Greenpeace, apelando a que os
ministros europeus do Comércio impeçam a Comissão Europeia de levar por diante
este acordo tóxico. O acordo comercial da UE com os países do Mercosul –
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – foi estabelecido pelas partes em 2019,
altura em que foram concluídas as negociações, mas a sua ratificação está
paralisada por causa das reservas ambientais colocadas por diversos
Estados-membros, principalmente de França. Notícias ao minuto. Notícias ao minuto.
- A invasão da
Ucrânia alimentou o boom do financiamento das energias renováveis. A Agência
Internacional da Energia diz que o investimento atingirá 1,7 mil milhões de
dólares este ano, muito à frente dos combustíveis fósseis. Jillian Ambrose,
The Guardian.
- A Shell vai
pagar 10 milhões de dólares à Pensilvânia por ter violado as normas estatais de
qualidade do ar. Reid Frazier, State Impact.
- A Câmara
Municipal de Arlington licenciou uma nova zona de perfuração e fraturação
hidráulica numa área residencial, apesar das objeções dos vizinhos do subúrbio
do Norte do Texas. A votação de terça-feira marcou uma grande vitória para a
gigante francesa da energia TotalEnergies e para a sua filial no norte do
Texas, a Total E&P Barnett USA, que tentaram e falharam repetidamente nos
últimos anos para conseguir a criação de novas zonas de perfuração em
Arlington. Dylan Baddour e Martha Pskowski,
ICN.
- O
Export-Import Bank of the United States e a Development Finance Corporation (DFC)
anunciaram um financiamento de até 3 mil milhões de dólares e mil milhões de
dólares, respetivamente, para a instalação de pequenos reatores modulares (SMR)
dos EUA na Polónia. Os SMRs - projetos mais pequenos e uniformes destinados a
serem produzidos em fábrica para reduzir os custos da energia nuclear -
beneficiaram do apoio do Congresso e do interesse inter-agências na
administração Biden. Este facto vem na sequência da inversão, por parte da
administração Trump, de uma antiga proibição de financiamento pelo DFC das
exportações de energia nuclear dos EUA. Matt Bowen e Sagatom Saha, Energy Policy.
- A Westinghouse
e a Bechtel vão formar um consórcio para conceber e construir a primeira
central nuclear comercial da Polónia, na província da Pomerânia, no norte do
país. David Dalton, NUCNET.
- As pretensões
da Petrobras para explorar petróleo na região da foz do Amazonas não levantam
dúvidas apenas entre os analistas técnicos do IBAMA no Brasil. “Se acontecer um
acidente com petróleo e isso chegar aqui, a gente não vai ter o que comer. Aqui
ninguém congela comida, a gente sai para pescar todo dia, e esse é nosso
alimento”, disse o indígena Yves Tiouka, que vive a cerca de 200 km da capital
do território francês, Cayenne. As projeções feitas até o momento indicam que,
na eventualidade de um derrame de petróleo, o litoral da Guiana Francesa seria
atingido em menos de 48 horas. Esse é quase o mesmo período de tempo que levaria
a Petrobras a iniciar as ações de contenção de danos, o que significa um risco
significativo de que o território vizinho seja afetado. A Guiana Francesa não
explora petróleo e não possui um plano de contenção em larga escala em caso de
maré negra. Para piorar, boa parte do litoral do território francês é composta
por áreas de mangues, o que inviabiliza qualquer ação protetiva. “Em caso de
acidente, o problematornar-se-ia internacional e entraria na área europeia, que
tem leis bastante específicas. Do ponto de vista geopolítico e de conservação,
isso pode ser negativo para o Brasil, que vem trabalhando para reaver uma
atuação positiva no meio ambiental”, observou o pesquisador Marcelo Soares. Esses
riscos não são desconhecidos e nem estavam fora do radar da Petrobras. Até
porque o mesmo IBAMA já tinha vetado o licenciamento de uma área nas
proximidades do bloco atual em 2018, na época em que o empreendimento ainda
estava sob responsabilidade da petrolífera francesa Total. Célia Mello,
ClimaInfo.
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