- O que é que Ursula Von der Leyen, McKinsey e Pfizer têm em comum? Corrupção. Madame Von der Leyen, não eleita Presidente da Comissão Europeia tem vários escândalos de corrupção no pescoço. Foi recentemente revelado que o filho de Madame von der Leyen, David, cumpriu um período de "estagiário de verão" na McKinsey, a gigante de consultoria de gestão com sede nos Estados Unidos. Embora os registos das responsabilidades de David na McKinsey sejam propositalmente frágeis, parece que seu emprego era muito mais do que um “estagiário de verão”. Teve equipas de consultoria sob sua responsabilidade e trabalhou na McKinsey durante mais de 3 anos. Terá sido coincidência ele ter saído da McKinsey em 2019, pouco antes de sua mãe ser nomeada – não eleita – presidente da Comissão Europeia? Peter Koenig, Global Research.
O presidente do México informa que vendeu o avião presidencial ao governo do Tajiquistão. O dinheiro da venda será investido em dois hospitais, em Tlapa, Guerrero e Tuxtepec, Oaxaca, que serão construídos por engenheiros militares e inaugurados antes do fim do seu mandato. Fonte.
- «(…) Quando analisamos alguns conteúdos de entretenimento dentro e fora destas plataformas, identificamos uma incontestável lista de repetições. (...) Ainda que os conteúdos sejam promovidos como entretenimento original, se nos focarmos na sua configuração percebemos facilmente que se revelam muito pouco inovadores. Isto porque existe uma reciclagem permanente de conteúdos (...) acabando por fazer parte de uma “lógica de novidade e de obsolescência acelerada”. (...) Além de se tornarem repetitivos, os conteúdos de entretenimento parecem maioritariamente centrados nas vidas e nos dramas familiares das classes dominantes. Acabam por provocar no público uma reincidência de determinadas imagens e uma procura obstinada pela reprodução destes hábitos e estilos de vida. (...) continuamos submetidos a uma publicidade intensa a marcas, a certos estilos de vida e a destinos de luxo. Esta reincidência cria uma hipermetropia generalizada. Conseguimos ver, ao longe, as experiências dos outros, mas somos incapazes de ver a realidade diante dos nossos olhos. (...) A indústria cultural de entretenimento possui arquétipos de um sistema capitalista, patriarcal e colonialista. Da mesma forma, são raras as vezes em que apresenta uma proposta de crítica substancial, ficando, portanto, limitada muitas vezes à promoção de uma ideologia assente no mito de sucesso individual, no consumo desenfreado, no sonho de ascensão social, na competição e na violência. (...) A indústria cultural é como uma filha de Medusa e Midas que, com apenas um olhar, nos transforma em ouro. Até os consumidores que pensam que conseguem desviar-se desta lógica continuam a fazer parte de um segmento de mercado específico que os conduz a uma ingestão inevitável da mesma ideologia e à garantia do lucro destas grandes empresas. Quando surgem personagens com uma lógica e motivações revolucionárias, os seus arcos tendem a seguir geralmente o mesmo percurso, terminando moderadas, demonizadas ou mortas, de forma a consolidar a ideia de que soluções revolucionárias não devem ser tentadas e que a tentativa de pensar e iniciar mudanças estruturais não traz nenhum benefício. Adorno já mencionava que a indústria procura propositadamente domar instintos revolucionários. (...) Pedro Rei, INDÚSTRIA CULTURAL: AS REPETIÇÕES, OS MILIONÁRIOS, A REVOLUÇÃO E OS LUCROS - Setenta e Quatro.
- «A maior hipocrisia é que não é que sejam contra a violência. Há violência todos os dias naquilo contra o qual as pessoas se manifestam. A violência de viver na rua, de não saber onde dormir, de não saber se conseguem pagar as contas, alimentar os filhos, a violência de passar frio, de se ser despejado. A violência de vir para um país à procura de uma vida melhor e ser tratado como um criminoso. De não ter direitos até ter papéis, de não ter uma autoridade a quem recorrer quando se é explorado. A violência de viver em comunidades segregadas e sub-investidas, onde a ajuda do estado quando chega vem atrás de camadas de burocracia e tens de recursos absurdos. A violência de ter um planeta destruído, espécies extintas, os nossos pulmões doentes pela poluição para o lucro de algumas empresas. A violência de quem está doente no corpo ou na mente e não tem acesso a tratamento. A violência de trabalhar a tempo inteiro, até ter mais que um emprego e mesmo assim ser pobre. Essa violência foi naturalizada. Ou pelos meritocratas que acham que quem é pobre é porque quer ou pela abstração do mercado. Convencemo-nos que não há nada a fazer, mas não é verdade. Tantas vezes na história as pessoas juntaram-se, pararam o funcionamento normal da sociedade e exigiram condições melhores de quem é suposto representá-los. Foi o que nos deu direitos laborais, habitação pública e sistemas nacionais de saúde por toda a Europa. Isso é a democracia. Isso é o poder do povo.» Guilherme Trindade, O GUIÃO DA LETARGIA - Setenta e Quatro.
- «Se fizéssemos um organograma dos lóbis secretos, das máfias e quadrilhas que dominam e cobrem o país, o desenho seria mais ou menos este. Uma teia, um manto de teias. Os gestores dos interesses indizíveis dominam todas as áreas públicas, todos os grandes negócios, nas autarquias e na cultura, nas privatizações e na saúde, das portagens nas autoestradas à opinião publicada nos grandes jornais. As aranhas - banqueiros, líderes partidários, presidentes e directores disto e daquilo - vão mudando, algumas permanecem 30 anos na mesma teia, outras só três meses, até se mudarem com uma indemnização, um bónus e uma comenda para a teia seguinte. (...)» Miguel Szymanski, Uma espécie de fábula de Abril.
- Trabalhar Contra o Relógio: O Colonialismo do Tempo e a Resistência Lakota. Resistindo a concetualizações ocidentais de tempo e produtividade, os povos Lakota têm mantido uma economia orientada para as tarefas, baseada no parentesco e nas relações. Danielle Han, Daily JSTOR.
José Saramago entrevistado em 13 de outubro de 2003.
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