França: Reservatórios de água - razões da raiva
- Para os seus
opositores, os reservatórios têm todos os motivos para não serem construídas: desperdício
de água, lógica produtivista ultrapassada, gigantismo absurdo, desperdício autoritário
do dinheiro público. Milhares de pessoas concentraram-se na região de
Deux-Sèvres para se oporem a esses reservatórios. Um enorme reservatório de
241.000 metros cúbicos de água em 5 hectares. O equivalente a cerca de 80
piscinas olímpicas. Forrado com plástico e enchido por bombagem do lençol
freático, o reservatório Mauzé-sur-le-Mignon irá irrigar as explorações
agrícolas de cerca de 15 agricultores. É o primeiro de 16 reservatórios
agrícolas previstos para a bacia do Sèvre Niortaise. Segundo a
Confederação dos Agricultores, o seu desenvolvimento vai provocar a especulação
de preços, tornando cada vez mais difícil o acesso à terra. Por outro lado, as
enormes superfícies de água paradas estarão sujeitas não só à eutrofização como
à evaporação. Milho, alfafa e misturas
de forragens para alimentar vacas, cabras e outros ruminantes no Inverno. Estas
são as culturas que vão ser irrigadas a partir destes reservatórios, diz a Coop de L'eau, a promotora
do projeto. Os opositores denunciam uma monopolização do recurso em benefício
de uma monocultura de milho, porque a Nova Aquitânia produz um terço do milho
da França, e também de bioetanol, o que colide com uma política de segurança
alimentar. Além disso, o Estado cobre 70% dos custos de um projeto que serve
privados. Alguns agricultores acreditam que deveriam antes repensar práticas
mais sóbrias, tais como a irrigação por gotejamento ou a seleção de culturas
mais resistentes à seca. Laury-Anne Cholez, Reporterre.
- Um enorme
incêndio deflagrado por tropas britânicas em treinos numa zona de conservação
da natureza no Quénia produziu 7% das emissões anuais de gases com efeito de
estufa dos militares. Um acidente culinário provocado pelas tropas britânicas
há dois anos incendiou hoje Lolldaiga Hills, uma estância de safari onde
elefantes e leões vivem perto do Monte Quénia. A pluma de fumo era tão grande
que as partículas de cinza chegaram ao Lago Vitória, na fronteira com a
Tanzânia, a cerca de 200 milhas de distância. Calcula-se que a paisagem
queimada de Lolldaiga levará até 2060 para recuperar, se a mudança climática
não o impedir. PHIL MILLER, DeclassifiedUK.
- A BP Energy do
Brasil e a Petrobras querem explorar foz do Amazonas mesmo sem uma Avaliação
Ambiental de Área Sedimentar que verifique se a área está apta para a
exploração de recursos fósseis. PRISCILA
PACHECO, Observatório do Clima.
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