Como se já não
bastassem as repetidas agressões contra a conservação da Barrinha de Esmoriz, -
desde as mal justificadas dragagens, ao excesso de passadiços, à proliferação
de espécies exóticas e à utilização de desportos náuticos, inclusive
motorizados, paira agora no ar a ameaça de um centro náutico. O cais lá
montado sugere isso mesmo.
Em julho de 2021, a FAPAS recordava que este Sítio da Rede Natura 2000 foi declarado Reserva Natural pela Portaria n.º 896/84 de 6 de Dezembro, e que, segundo o seu artigo 3º, são proibidas: alterações à morfologia do terreno, nomeadamente a abertura de caminhos, a construção, reconstrução ou ampliação de instalações, a passagem de novas linhas elétricas ou telefónicas, a deposição e abandono de detritos, acampar ou fazer merendeiros, a introdução de animais e plantas exóticas e a colheita de animais ou plantas endémicas, a circulação de cães, caça e pesca, desportos motorizados, a realização de exercícios militares, a circulação de pessoas ou veículos fora dos caminhos e praticar tiro desportivo.
A autarquia local tem mantido profundo silêncio acerca da localização da já anunciada e criada estação náutica, quedando-se por generalidades na sua página: «A Estação Náutica de Espinho, responde à estratégia nacional, regional e local, de valorização do território na vertente do turismo marítimo e costeiro, promovendo a valorização do património ambiental que se estende ao longo de 8 km de costa, incorporando as praias, as ribeiras, a lagoa de Paramos e a atividade piscatória como a arte xávega. Ainda neste processo de valorização, visa fomentar a inovação no cluster do mar e avalia a capacidade de gerar novas atividades, bens, serviços e processos, a partir das competências e recursos endógenos.»
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