Brasil: colaboradores premiados em ano de eleições
- A mineira Homestake e agências governamentais fartaram-se
de prometer limpar os resíduos de décadas de processamento de urânio. Como a
promessa não foi cumprida, tentam agora nova tática: comprar os terrenos aos proprietários no
Novo México para evitar terminar o trabalho. Mark Olalde e Maya Miller, ProPublica.
- O ministro do Ambiente do Brasil aprovou a concessão de
gratificações pelo desempenho a colaboradores tendo em conta, segundo ele, o
cumprimento a 100% das metas institucionais entre 1 de junho de 2021 e 31 de
maio de 2022. Entre as metas supostamente cumpridas, estão as relativas ao
combate ao desmatamento na Amazônia: nos últimos 12 meses, de acordo com dados
do sistema DETER/INPE, foram abatidos 8.579 km2 de vegetação na
floresta, o terceiro pior registo de que há memória. Sob a gestão do atual
presidente Eduardo Bim, a estrutura de fiscalização ambiental foi sucateada e o
sistema de autuação e cobrança de multas ambientais ficou comprometido com o
enfraquecimento das regras do próprio IBAMA. Trata-se, obviamente, de um agrado
financeiro pré-eleitoral. ClimaInfo.
- A Índia vai proibir as empresas de exportar créditos de
carbono até o país cumprir os seus objetivos climáticos. O governo do primeiro-ministro Narendra Modi
está a procurar alterações à lei de conservação de energia para criar um
mercado doméstico de carbono e fazer passar os objetivos de transição
energética que ajudarão a limitar as alterações climáticas. A nova lei irá
preparar as empresas indianas para os iminentes impostos de carbono nos
mercados de exportação e ajudar a transformar a Índia - um grande importador de
energia - num exportador líquido de energia nos próximos anos, utilizando o seu
potencial energético limpo. A Índia está
a procurar aumentar a quota de energia limpa no seu mix de electriidade para
50% até ao final da década, dos cerca de 42% actuais. O país está também a
procurar reduzir a intensidade das emissões da economia em 45% em relação aos
níveis de 2005. O país tem compensado os
mercados em eficiência energética, bem como o consumo de energia renovável. As
empresas recebem certificados por ultrapassarem as suas obrigações e podem
vender esses certificados a entidades que fiquem aquém dos objetivos. Ambos
estes instrumentos serão fundidos dentro do mercado do carbono. Rajesh Kumar
Singh, Bloomberg.
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