quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Brasil: colaboradores premiados em ano de eleições

  • A mineira Homestake e agências governamentais fartaram-se de prometer limpar os resíduos de décadas de processamento de urânio. Como a promessa não foi cumprida, tentam agora nova tática: comprar os terrenos aos proprietários no Novo México para evitar terminar o trabalho. Mark Olalde e Maya Miller, ProPublica.
  • O ministro do Ambiente do Brasil aprovou a concessão de gratificações pelo desempenho a colaboradores tendo em conta, segundo ele, o cumprimento a 100% das metas institucionais entre 1 de junho de 2021 e 31 de maio de 2022. Entre as metas supostamente cumpridas, estão as relativas ao combate ao desmatamento na Amazônia: nos últimos 12 meses, de acordo com dados do sistema DETER/INPE, foram abatidos 8.579 km2 de vegetação na floresta, o terceiro pior registo de que há memória. Sob a gestão do atual presidente Eduardo Bim, a estrutura de fiscalização ambiental foi sucateada e o sistema de autuação e cobrança de multas ambientais ficou comprometido com o enfraquecimento das regras do próprio IBAMA. Trata-se, obviamente, de um agrado financeiro pré-eleitoral. ClimaInfo.
  • A Índia vai proibir as empresas de exportar créditos de carbono até o país cumprir os seus objetivos climáticos.  O governo do primeiro-ministro Narendra Modi está a procurar alterações à lei de conservação de energia para criar um mercado doméstico de carbono e fazer passar os objetivos de transição energética que ajudarão a limitar as alterações climáticas. A nova lei irá preparar as empresas indianas para os iminentes impostos de carbono nos mercados de exportação e ajudar a transformar a Índia - um grande importador de energia - num exportador líquido de energia nos próximos anos, utilizando o seu potencial energético limpo.  A Índia está a procurar aumentar a quota de energia limpa no seu mix de electriidade para 50% até ao final da década, dos cerca de 42% actuais. O país está também a procurar reduzir a intensidade das emissões da economia em 45% em relação aos níveis de 2005.  O país tem compensado os mercados em eficiência energética, bem como o consumo de energia renovável. As empresas recebem certificados por ultrapassarem as suas obrigações e podem vender esses certificados a entidades que fiquem aquém dos objetivos. Ambos estes instrumentos serão fundidos dentro do mercado do carbono. Rajesh Kumar Singh, Bloomberg.

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