Alemanha acusa Polónia de contaminação química do rio Oder
- A Alemanha acusa a Polónia por não a ter informado de uma
potencial contaminação química no rio Oder, que atravessa ambos os países,
depois de toneladas de peixe morto terem sido encontradas a flutuar. As
autoridades de Wroclaw detetaram uma substância tóxica em dois locais no Oder
que é provavelmente o mesitileno solvente, conhecido por ter um efeito nocivo
nos peixes. Christian Wolter, investigador do departamento de
biologia de peixes, pescas e aquacultura do Instituto Leibniz de Ecologia da
Água Doce e Pesca Interior, disse que os problemas no Oder podem ser mais
profundos. Segundo ele, os peixes lutam com os baixos níveis de oxigénio
causados pelos níveis historicamente baixos da água (uma tendência desde 2018)
e temperaturas elevadas da água de cerca de 25 graus Celsius. A esta mistura juntam-se os trabalhos no lado
polaco dos enrocamentos feitos ao edifício do Oder - estruturas rígidas criadas
com rocha, solo e cascalho para evitar a erosão. Isto aumentou os sedimentos, o
que também reduz os níveis de oxigénio em águas já pouco profundas, alega
Wolter. Malgorzata Tracz, do Partido Verde polaco, diz ter alertado as
autoridades sobre a catástrofe ecológica no Oder, mas as instituições
governamentais polacas nem sequer avisaram os residentes de que não deveriam
tocar na água do rio. Grupos ambientalistas alemães acusam a insuficiência de
medidas de conservação da água, bem como a falta de cooperação transfronteiriça
no rio que atravessa a República Checa, a Polónia e a Alemanha. Stuart Braun,
DW.
- Cerca de 14 milhões de árvores foram abatidas em toda a
Escócia para dar lugar a centrais eólicas. O governo escocês espera gerar 100%
da sua electricidade a partir de fontes renováveis este ano - mas têm sido
manifestadas preocupações quanto a encontrar um equilíbrio entre a energia
verde e a manutenção das florestas. As estatísticas divulgadas pela Forestry
and Land Scotland mostram que 13,9 milhões de árvores foram cortadas para dar
lugar a 21 projetos de parques eólicos desde 2000. David Bol,
The Herald.
- Na noite de quarta para quinta-feira da semana passada,
membros do coletivo Kirikou cimentaram os buracos e plantaram cartazes
no green de dois campos de golfe na região de Toulouse, o de Garonne
e o de Vieille Toulouse. De acordo com o comunicado em que explicaram a sua
ação, “a rega dos greens, percursos e saídas dos campos de golfe está
autorizada por derrogação devido ao custo de manutenção destes terrenos muito
luxuosos.” A “passagem à ação direta” dá-se no que pensam ser “um contexto de
blábláblá incessante dos políticos que nunca ousam tomar as decisões
necessárias”. Os números que apresenta, datados de 2002, e que analisavam o
consumo de água de cerca de uma centena de campos de golpe, concluíam que
usavam a água equivalente a uma cidade de meio milhão de habitantes, ou seja
5.000 habitantes por cada campo de golfe. O Kirikou lançou uma petição online exigindo o fim da rega dos campos de golfe nas zonas mais
afetadas pela seca e o fim das exceções, para além de um “controlo real das
captações de água e a obrigação de transparência e de apresentação regular de
relatórios”. Contrastam as restrições de rega “para alguns
horticultores e para a agricultura com a situação dos campos de golfe, “um
desporto reservado aos mais abastados que são poupados da maior parte das
restrições ao uso da água”. Esquerda.
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